A segunda capacitação para formação de brigadistas voluntários que vão atuar no combate a incêndios florestais nas Áreas de Proteção Ambiental (APAs) Lago do Amapá e Igarapé São Francisco aconteceu entre os dias 16 e 20 de maio. Moradores dessas áreas receberam também instrumentos para atuar de forma segura no primeiro combate ao fogo em áreas rurais, antes da chegada das equipes do Corpo de Bombeiros.
A iniciativa é do governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas do Acre (Semapi), em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do Acre e a ONG SOS Amazônia.
De acordo com a socióloga da Semapi, Mirna Caniso, a capacitação iniciou com a apresentação da legislação ambiental por fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Rio Branco (Semeia). “Outras temáticas abordadas foram os cuidados e procedimentos de resgate de fauna afetada pela atividade de fogo, atividades de educação ambiental para traçar a história oral de cada unidade de conservação quanto ao uso do fogo e cartografia social dos principais pontos críticos de ocorrência dos focos de incêndios e técnicas de primeiros socorros em áreas remotas”.
Mirna lembrou que no ano de 2021 a Semapi realizou a primeira capacitação e formação das brigadas voluntárias nas duas unidades. Em 2022 a previsão é de ampliação das brigadas e apoio na formação da brigada da APA Raimundo Irineu Serra (APARIS), gerenciada pela Semeia.
No mês de junho de 2022 está previsto a realização do segundo módulo com apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Icmbio).
“Cabe ressaltar que as ações para a formação das brigadas é para viabilizar menor tempo de resposta, priorização de áreas de máxima biodiversidade, proteção ao habitat de espécies raras e ameaçadas de extinção. Buscando pela técnica de mais baixo custo ambiental”, lembrou Mirna.
A atuação das brigadas de prevenção, combate e controle a incêndios florestais em unidades de conservação gerenciadas pela Semapi, é uma ação apoiada pelo Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia (Psam), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com os órgãos estaduais de Meio Ambiente, com os órgãos federais, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Serviço Florestal Brasileiro. A iniciativa conta com o Funbio e a Conservação Internacional como entidade executora.