Conmebol abre 6ª denúncia por atos racistas contra brasileiros na Libertadores

Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) abriu, nesta sexta-feira (20), o sexto processo disciplinar para investigar atos de injúria racial contra brasileiros na Copa Libertadores da América, em pouco mais de um mês.

A informação foi confirmada pela CNN com fontes ligadas à entidade. A denúncia é por conta do episódio que ocorreu no início desta semana, quando um homem foi flagrado imitando um macaco na direção dos torcedores brasileiros durante a partida entre Corinthians e Boca Juniors, na Argentina.

O time argentino será o primeiro clube sul-americano a ser julgado pelo novo código penal da Conmebol, que endureceu as sanções contra atos de discriminação em todas as competições da entidade “por motivação de cor de pele, raça, sexo ou orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem.

“Neste novo regulamento, a multa mínima a ser aplicada a clubes ou associação em que o torcedor infringir a regra, passa a ser de 100 mil dólares – anteriormente era de 30 mil dólares”. A maior rigidez adotada pela Conmebol leva em consideração os frequentes casos de racismo contra brasileiros em 2022.

Dos seis casos flagrados, apenas três processos já tiveram as penas estabelecidas. O mais recente teve a multa divulgada na noite de quarta-feira (18), e faz referência à partida entre Palmeiras e Emelec, no dia 27 de abril. Na ocasião, a injúria racial foi cometida por um homem da torcida equatoriana, que foi filmado chamando palmeirenses de “macacos” e rindo com outros torcedores.

Um dia antes, na terça-feira (17), a Comissão Disciplinar da Conmebol também condenou a Universidade Católica, em referência à partida contra o Flamengo, em 28 de abril, no Chile. A Unidades Disciplinar da entidade decidiu punir em 30 mil dólares a equipe chilena, por atos racistas cometidos por apoiadores do clube contra a torcida do Flamengo, no jogo de ida da fase de grupos da Copa Libertadores.

“O valor desta multa será debitado automaticamente da quantia que o clube receberá da entidade por direitos Televisivos ou de Patrocínio”, destaca um trecho da comissão disciplinar.

Já o caso da partida da noite da última terça-feira na Argentina foi o segundo episódio de racismo por parte de torcedores do Boca Juniors contra corintianos. No primeiro jogo pela fase de grupo, em 26 de abril, um torcedor argentino foi detido após fazer gestos racistas para a torcida do Corinthians na Neo Química Arena, em São Paulo. Ele foi liberado após pagamento de fiança.

Os outros dois casos de racismo na Libertadores aconteceram contra clubes paulistas durante o mês de maio. Em um deles, os torcedores do Estudiantes de La Plata imitando o som de macacos em direção a torcedores do Bragantino, no dia 26 de abril.

PUBLICIDADE