Solidariedade
O partido Solidariedade vive uma situação curiosa no Acre, apesar de nacionalmente o partido ter oficializado o apoio ao ex-presidente Lula (PT), aqui no Acre a maioria do partido é bolsonarista. A situação incomum é explicada pelo presidente da sigla no Acre, o ex-deputado Moisés Diniz. “Mesmo o SD estando aliado com a federação de esquerda formada pelo PT, PC do B e PV, a direção nacional liberou o palanque do Acre. Então hoje, basicamente, nós estamos com cerca de 80% dos nossos pré-candidatos apoiando Bolsonaro e em torno de 20% apoiando Lula. Alguns não têm candidato à presidência. Com anuência da direção nacional nossos pré-candidatos foram liberados para apoiar o candidato que estiver em sintonia com sua opinião”, disse à coluna.
Explicando
Diniz também explicou o motivo de ter a maioria dos candidatos de seu partido apoiando Bolsonaro. “Aqui no Acre o Solidariedade formou chapas de deputado federal e deputado estadual dentro do grupo político conduzido pelo governador Gladson Cameli e pelo senador Marcio Bittar, que estão apoiando a reeleição do presidente Jair bolsonaro, então é natural que o Solidariedade esteja nesse bloco, mas não vamos impedir ninguém de apoiar outro candidato. A maioria dos nossos candidatos apoiam a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, mas também tem candidatos que apoiam a eleição do Lula, assim como tem quem não vota nem no Bolsonaro e nem no Lula. Essas três opções estão liberadas aqui no Acre pela direção estadual e avalizadas pela direção Nacional”.
Governo e Senado
Para a eleição majoritária no Acre, o apoio do partido também já está definido. “O Solidariedade apoia Gladson Cameli para a reeleição e apoia a pré-candidata Marcia Bittar para o Senado”, asseverou Moisés Diniz.
Pré-candidato
Por falar em Moisés Diniz, o ex-deputado estadual e federal é um dos pré-candidatos do Solidariedade a uma vaga na Aleac no ano que vem. Diniz, que era secretário-adjunto de Educação, teve que se afastar do cargo, como exige a lei eleitoral, para concorrer nas eleições deste ano.
Chapas
Além de Moisés Diniz, a chapa de pré-candidatos a deputados estaduais do Solidariedade tem outros 24 nomes, atingindo o teto máximo permitido, que é de 25 concorrentes por partido ou federação. Para deputado federal, a chapa também está completa, segundo o presidente da legenda os 9 nomes já estão escolhidos. No entanto, o presidente faz mistério com relação aos nomes. “Eu não vou divulgar ainda os nomes nem dos pré-candidatos de federal e nem dos estaduais. Considero que não está na hora. Vamos fazer um lançamento com a apresentação dos nomes no dia 22 de junho, com a presença da direção nacional do Solidariedade”, contou à coluna.
Força feminina
O que chamou a atenção na chapa de pré-candidatos a deputado federal da sigla é o número de mulheres: seis. Serão seis mulheres e apenas três homens disputando uma vaga na Câmara Federal pela legenda. Impressiona o fato de que enquanto a maioria dos partidos tem enfrentado enorme dificuldade para ter mulheres em suas chapas, já que a legislação exige que 30% das vagas sejam ocupadas por elas, ou seja, 3 das 9 vagas que cada partido tem direito na disputa, o SD emplacou o dobro do exigido. E segundo Diniz, “são todas mulheres com muito potencial”. “Elas são representantes de várias áreas importantes na sociedade, dos movimentos sociais, influentes”, disse.
Novas atribuições
Com a criação do União Brasil, fruto da fusão do Democratas e PSL, Pedro Valério deixou o posto de presidente da sigla que elegeu Bolsonaro como presidente da República e passou a ocupar a 2° vice-presidência da nova sigla no Acre, ou seja, é o terceiro na hierarquia do União Brasil, atrás do senador Marcio Bittar (presidente) e do deputado federal Alan Rick (vice-presidente).
Certeza
Ainda com a influência que herdou do antigo PSL, Pedro Valério vem conseguindo viabilizar sua pré-candidatura a deputado federal, agora pela nova sigla, o União Brasil. Questionado pela coluna se o objetivo de chegar à Câmara Federal continua de pé, Valério disse que sua candidatura já é uma realidade. “Minha candidatura está mantida, minha candidatura é uma realidade. Com certeza absoluta eu sairei como candidato a deputado federal. Meu foco hoje é na minha pré-candidatura. É para onde eu estou carregando todas as minhas energias”, afirmou.
Sob nova direção
Recentemente o PT do Acre passou por uma mudança de direção, mais precisamente uma troca de presidente. Saiu Cesário Braga, que foi se dedicar a sua pré-candidatura a deputado estadual, e entrou o professor Manoel Lima, que era vice-presidente da sigla no Estado. “Depois de muito tempo de militante e filiado no Partido dos Trabalhadores, essa é a primeira vez que eu assumo a direção estadual do PT”, contou à coluna o novo presidente da sigla no Acre.
Biografia
“Eu sou formado em magistério e em ciências exatas, licenciado em biologia, pós-graduado em gestão pública e estou concluindo o mestrado em ciências da educação. Já fui presidente do Sinteac e da Cut e já fui secretário municipal de Rio Branco, na gestão do Marcus Alexandre. Fui forjado na luta dos movimentos sociais, iniciei minha vida de militância com 16 anos no movimento dos trabalhadores rurais e depois entrei para a educação, com campanhas e lutas pela qualidade e condições de trabalho, valorização salarial e formação continuada dos trabalhadores da educação. Sou professor de carreira do Estado há mais de 30 anos, casado com Dona Rosa Sampaio, que também é professora. Sou militante há mais de 33 anos nos movimentos sociais e no Partido dos Trabalhadores”, contou Manoel Lima.
Nova sede
Já imprimindo um novo ritmo de trabalho, Manoel Lima vai inaugurar neste sábado (7) a nova sede do PT acreano. “Eu sempre gosto de deixar minha marca por onde eu passo, e minha primeira atitude à frente do PT foi conversar com o ex-senador Jorge Viana para a gente ter uma sede do partido, porque a gente estava ocupando um local cedido. Com o empenho de Jorge Viana e de um grupo de militantes, nós estamos aqui preparando a nova sede do PT para entregá-la amanhã, a partir das 8 horas da manhã. Vamos também aproveitar para colocar um telão para acompanhar ao vivo, direto de São Paulo, o lançamento da candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a presidente nas eleições de 2022. Estamos dando uma organizada também na militância, na questão dos nossos setoriais e secretarias. Vamos fazer conversas bem pontuais em relação ao diretórios municipais para procurar saber o que é que os nossos presidentes dos diretórios municipais estão precisando. O nosso próximo passo nesse período de transição vai ser visitar todos os diretórios municipais e instalar em cada município um comitê para a gente fazer uma campanha bonita para o presidente Lula e para o nosso pré-candidato majoritário, Jorge Viana, além dos nossos candidatos a deputados federais e estaduais”, concluiu.