Adailton Freixeira da Silva, de 46 anos, passou por audiência, nesta segunda-feira (9), e foi escutado sobre o femenicídio de Francielle Guimarães Alcântara que ocorreu em janeiro deste ano. Questionado pela promotoria se torturava a vítima, o homem relatou que “só apertou o pescoço com força”, com uma das mãos.
Francielle foi torturada até a morte e estrangulada por Adailton. O réu foi preso dois dias depois do crime, tentando fugir para Mato Grosso.
Em depoimento, Adailton tentou colocar a culpa do crime a todo tempo na própria vítima. O feminicida citou que a vítima sofria de transtornos e lembrou que ela já havia tido crises. Ainda em relação ao estrangulamento, Adailton afirma que Francielle morreu entre 10 e 15 minutos.
O crime
De acordo com as investigações da Polícia Civil, Francielle foi torturada com choques elétricos e pauladas em frente ao filho, de 1 ano, na casa onde a família morava, no bairro Caiobá, em Campo Grande.
Ela teria sido mantida em cárcere por cerca de um mês, período que foi friamente abusada diversas vezes. Ela foi encontrada morta no dia 26 de janeiro e o marido alegou que ela teria se matado.
Adailton foi preso na rodoviária de Cuiabá (MT). Conforme a polícia, ele não se mostrou arrependido e ainda detalhou os momentos de terror a que submeteu a esposa, por uma suposta traição, com o objetivo de justificar os atos cometidos.
Ao falar dos dias de agressão, Adailton confessou que punia a mulher quando se sentia “inseguro” no relacionamento.
Francielle teve os dentes arrancados com alicate de unha, foi esfaqueada nas costas e costelas pelo homem, que sempre a levava para o quarto para aplicar as punições. Ela só podia ficar perto do filho pequeno.