Narciso: ‘Porque ao invés de progredirmos política, econômica e socialmente estamos regredindo?’

Contínuos desafios

Desde a proclamação da nossa República que não a zelamos como deveríamos.  

Nenhum regime político é perfeito e menos ainda adaptável a todos os países, embora a democracia constitua-se numa exceção quando comparado aos demais. Para tanto basta verificarmos a evolução dos países que passaram a adotá-lo.

A democracia perfeita é uma utopia que deva ser continuamente perseguida, ou seja, permanentemente melhorada, do contrário, ao invés de serem superadas, nossas crises só se aprofundarão. Não é demais lembrarmos que mesmo, após a proclamação da nossa República, a nossa ordem democrática já fora interrompida, e por várias vezes.

Presentemente tornou-se comum se falar em golpe de Estado, como se isto não representasse a maior agressão a nossa própria democracia, isto num país que tem tudo para se transformar numa referência mundial em razão da sua imensidão de recursos naturais, da natureza da nossa própria população e da confortável posição geográfica que ocupamos.

Ademais, não temos contenciosos com nenhum outro país do mundo, sobretudo, com os nossos vizinhos. Daí a pergunta que não pode calar: porque ao invés de progredirmos política, econômica e socialmente estamos regredindo?

Urge que saíamos de tão incômoda situação e que o nosso esperado futuro se concretize. Para tanto dependemos apenas de nós mesmos. Somos sim, vítimas do chamado fogo-amigo. Precisamos voltar a cantar: sou brasileiro com muito orgulho e muito amor.

Lamentavelmente, a nossa indisciplina política tem causado sérios prejuízos ao nosso desenvolvimento, e em todos os seus aspectos, ou mais precisamente, ao invés de remédio a nossa atividade política tem se transformado em veneno.

A propósito, as nossas próximas eleições não estão a nos prometer uma mudança no comportamento das nossas elites, especialmente, daqueles que irão comandar o nosso país pelos próximos quatro anos. Até parece que estamos nos preparando para uma guerra. Isto precisa ser evitado.

Nas democracias que se prezam as suas eleições motivam esperanças e quando necessário a alternância dos detentores de poder. Ou assim entendamos que venha ser as nossas próximas eleições ou o futuro do nosso país continuará comprometido.

Por último: que prevaleça a nossa soberania popular. 

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