A acreana Maira Andrade, tia da acreana Maria Josilayne Ferreira Duarte, de 24 anos, que morreu atropelada pela jovem Gabrielly Lima Mourão, de 19 anos, no dia de setembro do ano passado, na Estrada da Floresta, disse que não está sendo feito justiça no caso.
A denunciada não possuía habilitação quando atropelou a vítima. O Ministério Público do Acre (MP-AC) admitiu no mês passado a possibilidade que seja celebrado um acordo de não persecução penal ao denunciar a jovem por homicídio culposo na direção de veículo automotor.
Se o acordo foi firmado, a punição penal será retirada e substituída por uma reparação de danos.
“Não queremos acordo, mas justiça. Ela, que atropelou, está sendo privilegiada, protegida, mas Josilayne está morta e não teve nem a oportunidade de se despedir das pessoas que amava”, disse a tia.
A audiência foi marcada para o próximo dia 26 de maio.
“Ela saiu de casa tão feliz aquele dia para encontrar o namorado. Havia nos falado sobre sonhos, conquistas. O buraco nos nossos corações não tem tamanho”, continuou.
Josilany foi criada por Maira e pelos avós da vítima. “Era a nossa filha. Meus pais a consideravam uma filha. Sempre foi muito amada por todos nós”, acrescentou.
Gabrielly, denunciada pelo crime, foi presa em flagrante após o ocorrido, mas foi liberada após pagar 2,2 mil de fiança.
Maira disse que sua família conseguiu uma advogada para reverter a possibilidade acordo.
“Estamos fazendo o possível para que essa situação seja resolvida, que a justiça seja feita”, finalizou.