O Campeonato Brasileiro 2022 não chegou nem à metade do primeiro turno e já é a edição dos pontos corridos com mais técnicos estrangeiros. Com a contratação de António Oliveira pelo Cuiabá, são 10 gringos na disputa, quebrando a marca de 2021, que teve nove.
Os portugueses, aliás, dominam a lista do atual Brasileirão, com metade dos nomes. Além de António Oliveira, temos: Abel Ferreira (Palmeiras), Luís Castro (Botafogo), Paulo Sousa (Flamengo) e Vítor Pereira (Corinthians). Os argentinos Antonio Mohamed (Atlético-MG), Fabián Bustos (Santos) e Juan Vojvoda (Fortaleza), o paraguaio Gustavo Morínigo (Coritiba) e o uruguaio Alexander Medina (Internacional), já demitido, completam o time dos gringos.
Pode-se dizer que quem abriu as portas para essa grande quantidade de técnicos estrangeiros no Brasil foram Jorge Jesus, no Flamengo, e Jorge Sampaoli, no Santos, terminando o Brasileirão daquele ano como campeão e vice, respectivamente, além de apresentarem um ótimo futebol.
A partir de 2019, foram 22 treinadores diferentes de fora no principal campeonato do Brasil, com casos de um comandar mais de uma equipe no período, como Sampaoli (Santos e Atlético-MG) e António Oliveira (Athletico-PR e Cuiabá).
Desses 22 nomes, oito são da Argentina (Antonio Mohamed, Diego Dabove, Eduardo Coudet, Emiliano Díaz, Fabián Bustos, Hernán Crespo, Jorge Sampaoli e Juan Vojvoda) e oito são de Portugal (Abel Ferreira, António Oliveira, Bruno Lopes, Jorge Jesus, Luís Castro, Paulo Sousa, Ricardo Sá Pinto e Vítor Pereira), o que corresponde a mais de 72% da lista. Espanha (Domènec Torrent e Miguel Ángel Ramírez), Paraguai (Gustavo Florentín e Gustavo Morínigo) e Uruguai (Alexander Medina e Diego Aguirre) têm dois nomes cada desde 2019.
Confira abaixo os técnicos estrangeiros, ano a ano, desde 2003:
Brasileirão 2003 – Três técnicos
- Darío Pereyra (Uruguai) – Paysandu
- Roberto Rojas (Chile) – São Paulo
- Darío Pereyra (Uruguai) – Grêmio
Brasileirão 2004 – Nenhum
Brasileirão 2005 – Um técnico
- Daniel Passarella (Argentina) – Corinthians
Brasileirão 2006 – Nenhum
Brasileirão 2007 – Nenhum
Brasileirão 2008 – Nenhum
Brasileirão 2009 – Nenhum
Brasileirão 2010 – Um técnico
- Jorge Fossati (Uruguai) – Internacional
Brasileirão 2011 – Nenhum
Brasileirão 2012 – Nenhum
Brasileirão 2013 – Nenhum
Brasileirão 2014 – Dois técnicos
- Miguel Ángel Portugal (Espanha) – Athletico-PR
- Ricardo Gareca (Argentina) – Palmeiras
Brasileirão 2015 – Três técnicos
- Diego Aguirre (Uruguai) – Internacional
- Juan Carlos Osorio (Colômbia) – São Paulo
- Sérgio Vieira (Portugal) – Athletico-PR
Brasileirão 2016 – Quatro técnicos
- Diego Aguirre (Uruguai) – Atlético-MG
- Edgardo Bauza (Argentina) – São Paulo
- Paulo Bento (Portugal) – Cruzeiro
- Sérgio Vieira (Portugal) – América-MG
Brasileirão 2017 – Dois técnicos
- Petkovic (Sérvia) – Vitória
- Reinaldo Rueda (Colômbia) – Flamengo
Brasileirão 2018 – Um técnico
- Diego Aguirre (Uruguai) – São Paulo
Brasileirão 2019 – Dois técnicos
Brasileirão 2020 – Sete técnicos
- Eduardo Coudet (Argentina) – Internacional
- Domènec Torrent (Espanha) – Flamengo
- Jorge Sampaoli (Argentina) – Atlético-MG
- Ricardo Sá Pinto (Portugal) – Vasco
- Abel Ferreira (Portugal) – Palmeiras
- Emiliano Díaz (Argentina) – Botafogo
- Gustavo Morínigo (Paraguai) – Coritiba
Brasileirão 2021 – Nove técnicos
- Hernán Crespo (Argentina) – São Paulo
- Juan Vojvoda (Argentina) – Fortaleza
- Abel Ferreira (Portugal) – Palmeiras
- António Oliveira (Portugal) – Athletico-PR
- Miguel Ángel Ramírez (Espanha) – Internacional
- Diego Aguirre (Uruguai) – Internacional
- Bruno Lopes (Portugal) – Bahia
- Diego Dabove (Argentina) – Bahia
- Gustavo Florentín (Paraguai) – Sport
Brasilerão 2022: 10 técnicos
- Abel Ferreira (Portugal) – Palmeiras
- Antonio Mohamed (Argentina) – Atlético-MG
- Vítor Pereira (Portugal) – Corinthians
- Gustavo Morínigo (Paraguai) – Coritiba
- Luís Castro (Portugal) – Botafogo
- Paulo Sousa (Portugal) – Flamengo
- Fabián Bustos (Argentina) – Santos
- Juan Vojvoda (Argentina) – Fortaleza
- Alexander Medina (Uruguai) – Internacional*
- António Oliveira (Portugal) – Cuiabá