Cogumelos comestíveis da APA Lago do Amapá em Rio Branco são destaque em congresso

Um estudo sobre cogumelos realizado por três estudantes do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Acre e uma doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia, foi selecionado entre os cinco melhores trabalhos apresentados no III Congresso Brasileiro de Ciências Biológicas, realizado on-line.

O trabalho foi realizado na Área de Proteção Ambiental (APA) Lago do Amapá entre setembro de 2018 a julho de 2021, onde foram encontradas 16 espécies de cogumelos comestíveis.

Segundo o professor Marcos Silveira, coordenador do Laboratório de Botânica e Ecologia Vegetal da Ufac e orientador dos alunos, o estudo pioneiro catalogou 325 espécimes, organizados em 138 espécies, 15,2% delas comestíveis.

Chirley Gonçalves e Isés Neves estão entre os estudantes da Ufac que tiveram o trabalho destacado no encontro científico. “Entre as 16 espécies catalogadas, as cinco marcadas em asterisco são consumidas pelos Yanomami, sejam cozidas em água, embrulhadas em folhas de sororoca e até mesmo, assadas diretamente na brasa”, disse Isés Neves.

Confira espécies: Auricularia delicata, Auricularia fuscosuccinea, Coprinellus disseminatus, Cookeina speciosa, Cookeina tricholoma, Favolus tenuiculus (*), Lentinus crinitus (*), Lentinus tricholoma (*), Lentinus velutinus (*), Oudemansiella cubensis, Panus neostrigosus, Phillipsia domingensis, Phallus indusiatus, Pleurotus djamor (*), Dactylosporina steffenii e Tremella fuciformis.

Foto reprodução
Foto reprodução

A doutoranda, Márcia Teixeira, que também participou da pesquisa, destacou que a APA Lago do Amapá abriga uma diversidade significativa de espécies comestíveis e aponta para o potencial de cultivo visando a comercialização e a geração de trabalho e renda para a população local.

Saiba mais

Estima-se que existam no mundo cerca de 120 mil espécies de fungos, e quase 6,5 mil ocorrem no Brasil. Desse total, pouco mais de 100 são espécies comestíveis. Eles possuem valor calórico baixo, porém, valor nutricional alto, sendo ricos em proteínas, fibras e aminoácidos, o que os tornam um alimento muito apreciado, sobretudo para os vegetarianos.

Confira capa do guia de espécies em elaboração:

Capa de guia em construção. Foto reprodução

 

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