SRAG
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é, no momento, a maior preocupação dos órgãos de saúde de todo o país. No Acre não é diferente, o estado vem enfrentando o aumento das internações de crianças com a síndrome e infelizmente, mortes. Até o momento dez crianças morreram, em menos de dois meses, em decorrência da SARG.
Sesacre
Na tentativa de frear o aumento de casos e evitar novas mortes, a Secretária de Saúde do Acre (Sesacre) adotou algumas medidas. “Nas unidades de saúde estaduais está sendo realizada a organização dos fluxos, além da ampliação de leitos no PS de Rio Branco, e ampliação das UTIs pediátricas no Into, para atender as crianças. Além disso, as equipes técnicas estão em constante contato com as gestões municipais, além da criação do comitê para o acompanhamento desses casos”, informou a assessoria da pasta à coluna.
Comitê
Devido a criticidade da situação, o Governo se mobilizou e criou no último domingo (12) um comitê emergencial para acompanhar o surto dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado, que vitimou nove crianças nos últimos dois meses. Participam do Comitê membros do Estado e representantes de outras instituições. O comitê é o órgão responsável por definir e sugerir as ações de combate à doença, assim como aconteceu no auge da pandemia do coronavírus com o comitê sobre a doença.
Missão
“Todos os dias saímos de nossas casas para ajudar a salvar vidas. Essa é a nossa maior missão. Lamentamos e nos solidarizamos com as famílias por essas perdas, e damos total apoio para que essa situação seja averiguada com seriedade”. Palavras da secretária estadual de Saúde, a médica Paula Mariano.
Ações
Sob a gestão da médica, a Sesacre efetuou ações importantes, como: elevação da cobertura vacinal contra covid-19 por meio dos mutirões em todo o estado; inauguração do Hospital de Mâncio Lima; Inauguração da novo enfermaria do Pronto-Socorro de Rio Branco; retorno das cirurgias eletivas por meio de mutirões; ampliação das parcerias e serviços com o Santa Juliana, Hospital de Amor, Fundhacre e Anssau.
Aleac
Diante da situação delicada que o Brasil, e o Acre também, tem vivido por conta da doença, o debate na Aleac nesta terça-feira (14) não poderia ser outro: SRAG. Mães de algumas das crianças mortas pela Síndrome Respiratória no estado ocuparam as galerias da Casa.
Solidariedade
O deputado Luís Tchê (PDT), ex-líder do Governo na Aleac, se solidarizou com mães ao mesmo tempo que enfatizou as ações em curso efetuadas pelo governo do Acre no enfrentamento da doença. “Me solidarizo com cada família aqui e me coloco à disposição. É uma situação delicada, grave. Entendo a dor de cada família, mas precisamos ter cuidado com as afirmações e uso político do caso. Essas mães têm todo o nosso respeito e solidariedade”, disse Tchê.
Defesa
Ainda na defesa do Governo, o deputado foi enfático: “O governo não foi omisso. Pelo contrário. E isso precisa ficar claro”. Para Tchê, “é injusto acusar a gestão, que vem trabalhando de maneira ágil e eficiente para atender a todos. Esse trabalho tem permitido ações que vêm ampliando sistematicamente os leitos clínicos, semi-intensivos e intensivos, além do minucioso monitoramento dos indicadores e das ações de prevenção”.
Politicagem
O pedetista encerrou o discurso fazendo uma crítica a alguns colegas de Casa: “Chega de politicagem! Não é hora disso. É momento de acolher essas mães de luto e, junto com o governo, salvar nossas crianças”.
Politicagem 2
O governador Gladson Cameli (PP) também adotou o discurso de que seus adversários estão usando o fato de forma politiqueira. Durante evento de entrega da reforma do Colégio Acreano, nesta terça, Cameli, que chegou na última segunda (13) de uma agenda na Europa, disse que “o que for falha do Estado”, ele vai corrigir. E fez um apelo: “Não usem uma criança que Deus levou para se promoverem politicamente. Isso é pecado, isso é feio. Eu vou fazer o que tiver que fazer, porque sou eu o governador”.
Sofrendo
Na mesma agenda, Gladson afirmou que está sofrendo com toda essa situação. “Eu sou apaixonado por criança. Vocês acham que eu não estou sofrendo? Jamais na minha vida eu quero sentir essa dor que esses pais estão sentindo, eu sou pai. Se quiserem arrumar um culpado, eu prefiro dizer que a culpa é minha. Eu peço muito a Deus para que todos nós possamos evitar essa situação”, lamentou.