Governo e deputados recebem famílias retiradas de área de terra em Rio Branco e destacam medidas

Uma comissão representando as 109 famílias que foram retiradas de uma área pública que ocupavam há cerca de dois anos, no Irineu Serra, foi ouvida na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), nesta quarta-feira (22). Além das famílias, o presidente em exercício da Aleac, deputado Jenilson Leite (PSB), convidou o Governo, Ministério Público e Procuradoria Geral.

“Nos sentimos na guerra entre Ucrânia e Rússia, coagidos por mais de 300 policiais, fomos humilhados, e eles prontos para o embate, mas agradeço ao secretário [Ricardo Brandão], pela forma com que conduziu a questão”, disse Valdir França, do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto.

O secretário Ricardo Brandão conduziu o encontro/Foto: ContilNet

O secretário de Planejamento, coronel Ricardo Brandão, nega truculência e explicou que sabe que há famílias que viviam na área desde 2020, mas o número de pessoas aumentou no feriado da semana passada.

“A liminar de caráter emergencial foi para conter isso. O aparato policial numa reintegração é sempre montado e de forma completa, estive lá pessoalmente coordenando isso e em nenhum momento permiti que nenhum policial se quer alterasse a voz”, disse.

Ele destacou que poucas pessoas aceitaram o aluguel social e, para essas, garante que as providências já estão sendo tomadas e elas não serão despejadas sem ter para onde ir.

“Na quinta-feira vamos levar todos para fazer a parte burocrática, como abrir conta na Caixa e depois vem o processo mais demorado que é achar o imóvel, mas nós nos comprometemos que essas famílias só saem de lá quando tiverem uma casa para morar. Sabemos que tem uma regra muito complicada e já iniciamos tratativas para mudar isso”, pontuou.

O secretário reconhece a falta de programas habitacionais na última gestão, quando o Governo Federal retirou os investimentos para esse setor.

“Vamos fazer o cadastramento de todo mundo e buscar um dos três caminhos. Estado e município devem entrar com kit habitação, que é para o cidadão que tem o terreno ou o lote urbanizado construir a casa ou entregar a casa pronta”, afirmou.

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