A manhã da última sexta-feira, 22, foi diferente para as crianças internadas no Hospital da Criança de Rio Branco (HC). Cinco cãezinhos do Projeto Fuça Terapeutas, juntamente com seus tutores, visitaram as enfermarias da unidade, interagindo com pacientes e profissionais. Com um pouco mais de 30 minutos de duração, o ambiente de macas, soros e equipamentos hospitalares foi ofuscado pelas risadas e trocas de afeto propiciadas pelo momento.
A ação é chamada de Intervenção Assistida por Animais (IAA) e agora conta com o amparo legal, com a sanção do Estado à lei que regulamenta, desde a quinta-feira, 21, a permanência de cães de terapia em órgãos públicos e privados no Acre.
A normatização se estende a toda atividade que incorpora animais aos campos da saúde e educação, visando ganhos terapêuticos em humanos. Em pacientes pediátricos, estudos sugerem inúmeros proveitos resultantes da interação entre criança e animal, como diminuição da dor e até mesmo aceleração no processo de alta, por exemplo.
“A gente sabe dos benefícios; além de proporcionar alegria instantânea às crianças, os cães estão aqui para aliviar o estresse, tirar aquela tensão, aquele clima hospitalar”, afirmou a gerente-geral do Sistema de Assistência à Saúde da Mulher e da Criança (SASMC), Laura Pontes.
Apesar de inúmeros projetos semelhantes em execução no Brasil há algum tempo, o Fuça Terapeutas, que teve início em junho, é o pioneiro do segmento no Acre.
“Nossa intenção é levar alegria, e o animal é o agente facilitador desse processo, fornecendo segurança, motivação e ânimo a quem se encontra diante de uma fragilidade física ou emocional”, explicou Maria Elisa Schettim, idealizadora do projeto.