Natural de Porto Walter, o pequeno Otávio Moura, de 3 anos, estava morando na capital Rio Branco onde fazia o tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME). Ele morreu neste domingo (10) enquanto dormia em casa. A família decidiu levar o corpo para a cidade natal, para ser velado e sepultado.
“Ele era o tempo todo sorridente, era a alegria da casa. Nunca mais vou sentir o cheiro dele”. Relatou a mãe, a dona de casa Daniela Moura, em tom emocionado à reportagem do g1.
Otávio chegou a ficar durante mais de um ano morando no Hospital da Criança, por conta da doença. Desde então, a família do menino, que é da cidade de Porto Walter, no interior do estado, mora na capital para o tratamento da AME.
A mãe contou que o pequeno vinha apresentando uma melhora no quadro de saúde, já tinha ganhado força e fazia até alguns movimentos. No domingo, Otávio acordou por volta das 6h como fazia todos os dias, brincou um pouco e voltou a dormir. Mas, por volta das 10h, como ele não acordava, a mãe foi verificar e percebeu que ele estava com a cor amarelada.
“Essa era uma rotina dele, acordava cedo e depois dormia mais um pouco, mas achei estranha a cor da pele e gritei pedindo socorro, fiz massagem cardíaca. Quando o Samu chegou, ainda ficaram uns 30 minutos tentando reanimar, mas não tinha nada de resposta. O coraçãozinho dele parou quando ele estava dormindo. Fadigou o coração dele, porque a AME afeta os músculos e o coração é um músculo. Deus não quis levar ele sofrendo”, disse a mãe.
Desde que Otávio teve alta do hospital, a mãe conta que ele nunca mais precisou ser internado e só voltava à unidade para tomar medicação. “Ele estava super bem, uma criança alegre, sorridente, o tempo todo brincando, estava mais esperto, com mais movimentos”, complementou a dona de casa.