Defesa Civil de Rio Branco alerta que já falta água em poços e represas por causa de baixo nível do Rio Acre

O nível baixo do Rio Acre tem dificultado a captação e tratamento de água na Capital. Na última sexta-feira (1) o nível do rio atingiu 2,38 metros, índice considerado preocupante para a Defesa Civil do município de Rio Branco, diante do longe período de estiagem que o Acre ainda vai enfrentar. Ações educativas já estão sendo adotadas. A menor cota já registrada no Rio Acre foi no ano de 2016, com 1,30 metros.

“Continuamos com decréscimos diários no nível do Rio Acre ao longo de toda sua extensão afluentes. Nesta terça-feira (28) entramos na conta mínima de alerta, quando atingimos 2,55m”, afirma Diário da Seca, boletim publicado pela equipe da prefeitura de Rio Branco.

O coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, coronel Cláudio Falcão, disse que os meses de julho, agosto e setembro, são os que apresentam as menores cotas no rio. “O cenário de seca em Rio Branco traz diversas consequências. Temos água suficiente para abastecimento, mas de fato o nível baixo do rio dificulta o abastecimento”, comentou.

“Os lençóis freáticos mais superficiais já estão secando e as comunidades que são abastecidas com poços e represas já começaram a ficar sem água”, disse o coronel com tom de preocupação.

Ele citou como as mais preocupantes: o aumento de ocorrências de incêndios (ambientais e prediais), aumento de doenças respiratórias (sobrecarregando o sistema de saúde), risco de desabastecimento de água e prejuízos na agricultura (psicultura, lavoura, bacia leiteira).

Pensando em minimizar os impactos desse evento, a Defesa Civil Municipal de Rio Branco lançou o plano de contingência de prevenção e combate a incêndios ambientais e florestais, plano de ação sobre estiagem, que consiste em atender as comunidades rurais que sofrem a escassez de água, operação realizada em 19 comunidades, quase 3.000 famílias beneficiadas.

“A operação com duração de cinco meses (julho/dezembro) conta com campanha educativa sobre os riscos, prejuízos e danos causados pela prática de queimadas irregulares, além da mobilização de diversos órgãos da Prefeitura de Rio Branco, Estado, Governo Federal, e órgãos de controle”, destacou o coronel Falcão.

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