Massacre com data marcada é descoberto em escola do Acre e tragédia é evitada

O medo está desmotivando alunos, professores e funcionários da Escola Estadual Edmundo Pinto de Almeida Neto, na Vila do Incra, município de Porto Acre. Uma denúncia anônima feita ao ContilNet e confirmada pela Secretaria de Estado de Educação, informou que dois estudantes, um de 12 e outro de 14 anos, chegaram a levar uma faca para dentro da escola, mostrar aos colegas e contar detalhes do massacre que tinha até data para acontecer: 27 de julho.

O denunciante, que não quis ser identificado, contou que mensagens de whatsapp confirmam o planejamento do massacre, que de acordo com o teor das informações levantadas, era inspirado no caso ocorrido em Columbine, no Colorado, Estados Unidos (leia mais no final da matéria). “Tem uma mesa na escola que eles escreveram Columbine”, disse o denunciante anônimo.

Foi na última quinta-feira (7), que um dos alunos levou uma faca para a escola e relatou aos colegas o plano de realizar um massacre. “Além de levar uma faca, um deles disse que iria pegar uma arma com um primo. Depois de descobertos, o mais velho falou que era brincadeira, mas o mais novo, de 12 anos, disse que não tem brincadeira nenhuma”, comentou o denunciante.

A diretoria da escola conversou com os pais, comunicou às autoridades competentes, tanto a Secretaria de Educação do Estado quanto ao Conselho Tutelar, registrou boletim de ocorrência e agora aguarda que o pedido de profissionais que atuam na área da psicologia seja atendido para acalmar os ânimos. “A situação é tão grave que o conselho tutelar disse que iria acionar o Ministério Público”, informou.

“Uma pessoa já pediu transferência, a outra entrou com pedido de licença prêmio. A escola não pode fazer nada, nem suspender os alunos. Os pais foram informados e um dos garotos será afastado da escola por iniciativa da família, mas o outro já está freqüentando normalmente”, revelou a fonte anônima.

Motivação

De acordo com as informações da fonte que não quis ser identificada, a motivação para o planejamento do massacre teria relação com o bulling. “Ele disse que teve um dia que o chamaram de fraco e que ele ia mostrar pra todo mundo quem ele era”, finalizou o denunciante.

SEE

Por meio de nota, o secretário de Educação, Aberson carvalho disse que: A Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE) esclarece que tomou conhecimento da situação identificada na Escola Estadual Edmundo Pinto e, em conjunto com a coordenação da Representação da secretaria no município de Porto Acre, está acompanhando, orientando e dando todo o suporte necessário à gestão da escola, naquilo que lhe cabe.
Na manhã desta terça-feira, 12, uma equipe de apoio à gestão foi até a escola e ainda será enviada uma equipe de psicólogos para desenvolver um trabalho específico junto a alunos e professores”

Sobre o massacre de Columbine

Eric Harris, de 18 anos, e Dylan Klebold, de 17, cursavam o 3º ano do ensino médio e por isso não tiveram grandes dificuldades para ingressar no colégio. Eles eram alunos medianos, ou seja , não tiravam as melhores notas da sala mas também não ficavam de recuperação. Eram bons alunos, mas sem grandes amigos.

A polícia concluiu, após muitas investigações, que o crime foi estimulado pelo desejo de vingança. Tanto Eric quanto Dylan não eram considerados populares e sofriam bullying. Ambos arquitetaram o crime juntos e, naquele 20 de abril, às 11h14, entraram na escola com bombas caseiras e armas de fogo. Tinha início o que ficou conhecido mais tarde como o Massacre de Columbine.

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