Moises Alencastro mostra quem marcou presença no XIII Baile do Rubi; FOTOS

XIII Baile do Rubi

O XIII Baile do Rubi vai ficar na memória dos convidados e na história da OAB/Acre, após um hiato entre os anos de 2020 e 2021, devido à pandemia do coronavírus.  O Baile aconteceu na noite do último sábado (20), no Gran Reserva, em comemoração do Mês do Advogado, como já manda o costume. A tradicionalíssima festa superou todas as expectativas e mais uma vez caracterizou-se pela fartura, sofisticação, amizade e alegria.

O Baile atraiu aproximadamente 400 convidados nesta edição. Gente bonita, animada e muito elegante, que aproveitou o momento para se divertir e, principalmente, celebrar a advocacia juntamente com os colegas de trabalho, familiares e amigos.

O menu foi uma atração à parte. A festa tem como tradição oferecer um cardápio farto, recheado de delícias. E neste ano, não foi diferente. Durante toda a noite, desde os primeiros instantes até o final da festa, os convidados se fartaram com o open bar com água, sucos, refrigerantes e cerveja. O jantar ficou a cargo da afamada Chef Sueli Cardoso.

A animação ficou por conta de Elias Sarkis e Banda, Os Mugs II e Dito Bruzugu. E como era de se esperar, sobrou animação na pista de dança do baile, que ficou movimentada até o sol raiar, literalmente.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Acre (OAB/AC), Rodrigo Aiache, agradeceu aos presentes, em especial à organização do evento. O XIII Baile do Rubi foi organizado pela vice-presidente, Socorro Rodrigues, juntamente com a equipe administrativa da OAB/AC. Parabéns! As fotos são da Assessoria de comunicação da OAB/AC e de Alex Junqueira.

Festival de Gramado consagra “Noites Alienígenas” com cinco Kikitos

Saiu na GHN. Noites Alienígenas atravessou o Brasil para conquistar o 50º Festival de Cinema de Gramado. Produzido no Acre, o filme dirigido por Sérgio de Carvalho conquistou na noite deste sábado (21), no Palácio dos Festivais, cinco Kikitos: melhor longa-metragem brasileiro, ator (o estreante Gabriel Knoxx, rapper como o seu personagem), ator coadjuvante (Chico Diaz), atriz coadjuvante (Joana Gatis) e o troféu da crítica. Também recebeu uma menção honrosa pela atuação de Adanilo.

A história de Noites Alienígenas é inspirada no romance homônimo publicado em 2011 pelo próprio diretor, um paulista que há 20 anos mora no Acre, e se passa nos limites entre o urbano e a Floresta Amazônica. O título tem um duplo sentido.

Por um lado, alude à porção realismo mágico do filme; por outro, sinaliza para uma triste realidade: a abdução da juventude de Rio Branco, a capital do Estado, pelo crime organizado, a partir da chegada das facções do Sudeste.

Segundo Noites Alienígenas, nos últimos 10 anos o número de homicídios aumentou 183% entre adolescentes e jovens. E o poder público parece omisso: não se vê policiais nem viaturas em cena.

Com planos belíssimos, ora colando a câmera no corpo dos atores (ou até dos animais, como uma cobra), ora inserindo os personagens na paisagem exótica, Carvalho faz rodar uma trágica ciranda de tipos e situações que não deixam de ser clichês. Mas essa condição é minimizada pela paixão do elenco — quase todo praticamente amador — e pela relevância sociopolítica da trama.

A figura de Paulo, vivido por Adanilo, ilustra a ruína dos povos indígenas perante o tal de “progresso” das cidades: ele se tornou dependente químico e rouba pertences da própria mãe para comprar drogas. Há um rapper de 17 anos, Rivelino, o Riva (papel de Gabriel Knoxx), que é apaixonado pela garçonete e mãe solteira Sandra (Gleici Damasceno, vencedora do BBB 18) e que acaba se juntando a uma facção. E é atrás de notícias sobre esse garoto que uma mãe hedonista e em princípio um tanto distante, Beatriz (Joana Gatis), vai à casa de Alê (Chico Diaz), um traficante “das antigas”, que não compactua da violência empregada pelos novos barões do crime, que rimam irmandade com mortandade — uma imagem emblemática é a do soldado do tráfico que carrega uma arma na cintura e, às costas, traz tatuado o nome de Jesus Cristo.

Joana Gatis e Chico Diaz não puderam estar presentes no Palácio dos Festivais, onde Gabriel Knoxx protagonizou um dos momentos mais emocionantes da cerimônia. O jovem tinha acabado de descer do palco, onde falara em nome dos colegas coadjuvantes, quando descobriu que havia sido escolhido pelo júri como melhor ator. Às lágrimas, refez o caminho no corredor da plateia e voltou ao púlpito.

— Desculpe. Eu realmente não estava esperando — disse, enquanto tentava domar a emoção que fazia sua voz tremer e quase sumir. — Dedico esse prêmio à minha mãe, à minha tia e à minha avó. Fui criado por três mães solteiras. Quantas vezes eu não pensei em desistir? Mas elas me fizeram continuar.

Antes, Knoxx valorizara a importância dos prêmios de Noites Alienígenas junto a adolescentes e jovens acrianos desafiados pela pobreza (“Minha casa ficava em cima de um esgoto”, ele lembrou) e acuados ou seduzidos pela criminalidade, mostrando que a arte “é um caminho”.

— Sonhos são possíveis — afirmou o ator.

Suas palavras foram ecoadas nos agradecimentos de Gleici Damasceno, que fez um trocadilho involuntário:

— A gente vai voltar para o Acre acreditando.

O melhor filme brasileiro no 50º Festival de Gramado: a equipe de “Noites Alienígenas”, de Sérgio de Carvalho, no palco do Palácio dos Festivais. Edison Vara / Divulgação

Gabriel Knoxx (E) recebe de de Nando Cunha o Kikito de melhor ator

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