Pimenta no Reino: a guerra de narrativas na disputa pelo Governo do Acre

TV 

Com a propaganda eleitoral tendo iniciado na TV e na rádio na última sexta (26), os candidatos ao Governo do Acre mostraram qual será a estratégia de narrativa usada ao longo da campanha. Além da propaganda gratuita, os candidatos tem usado as redes sociais para fortalecer esses discursos.

Resgate 

O candidato do PT, Jorge Viana, aposta na narrativa do resgate. A campanha do PT deve investir nessa temática durante todo o período eleitoral, mostrando os feitos dos governos petistas e comparando-os aos do atual governo. É mais ou menos parecido com o que Lula vem fazendo nacionalmente. É importante observar que JV e o PT também tem feito um esforço para se conectar ao eleitor evangélico e católico, colocando sempre que dá um “graças a Deus” nas peças.

Pandemia 

O governador e candidato à reeleição Gladson Cameli (PP) mostrou que a tônica da narrativa da sua campanha vai se concentrar em dois eixos: ações e pandemia. Nas ações, o governador vai mostrar todas as obras e o trabalho que tem realizado ao longo dos últimos quatro anos, enquanto a pandemia servirá para reforçar a figura de um Gladson preocupado com o povo, que foi atrás da vacina, e também para justificar a falta de grandes obras. 

Contradições

Apesar de trazer uma peça muito bem produzida em que ressalta a identidade acreana no primeiro programa, a narrativa da campanha de Petecão (PSD) deve apostar nas contradições e “mentiras” do atual governador. Pelo menos essa é a tônica que o senador licenciado vem dando nos seus discursos públicos. Além, é claro, da narrativa de ser um político do povo, apelo que carrega com ele ao longo dos 32 anos de vida pública.

Corrupção

A campanha de Mara Rocha (MDB) trouxe um primeiro programa bem produzido e com um certo apelo emocional. Mara se apresentou pra que ainda não a conhecia como uma opção qualificada para comandar o Acre nos próximos anos. Irmã do atual vice-governador, Major Rocha (MDB), que se tornou um desafeto do governador pelas denúncias que fez contra o próprio governo, Mara deve se valer dessa onda denuncista para colar sua imagem na bandeira anticorrupção.

Recordista

Já a campanha do senador licenciado Marcio Bittar (UB), que entrou na disputa para o governo de última hora, deve apostar em dois eixos narrativos: a de que Bittar é o maior aliado do presidente Bolsonaro (PL) no Acre e a de que o político é recordista no envio de recursos para o estado. Bittar foi relator-geral do Orçamento da União de 2021 e, com a faca e o queijo na mão, destinou volumosos recursos para o Acre.

Novo

Já os candidatos ao governo pelo Psol e pelo Agir, os professores Nilson Euclides e David Hall, respectivamente, apostam na narrativa do “novo”, contra tudo que está aí. Euclides, professor universitário dos mais respeitados na Ufac, tem se mostrado como uma nova alternativa à esquerda no processo eleitoral, enquanto Hall aposta em metas ousadas para o Acre, como o seu plano de governo, que promete avançar o Acre 50 anos em 8 anos de mandato.

Debate

Ontem ocorreu o primeiro debate presidencial transmitido na rádio e na TV. O debate foi promovido pelo Grupo Bandeirantes em parceria com a TV Cultura, Folha de S. Paulo, Uol e Google. Com a presença de todos os principais candidatos, o programa foi, cronologicamente, o segundo grande momento dessas eleições, o primeiro foi a sabatina do Jornal Nacional, da Rede Globo, com os candidatos.

Análise

De todas as análises que li sobre o debate em sites nacionais, a que mais me chamou a atenção foi a do portal Poder360, assinada pelas jornalistas Mariana Haubert e Emilly Behnke. O texto diz que Bolsonaro (PL) e Lula (PT) pregaram apenas para convertidos. “Bolsonaro não fez nenhum apelo mais suave para o eleitorado que ainda não vota nele. Da mesma forma, Lula tampouco falou de maneira clara para uma parte da população que o rejeita por considerar suas posições muito extremadas e de esquerda”, diz trecho do texto, que pode ser lido na íntegra AQUI.

Mais uma

A candidata ao Senado no palanque do MDB, a professora Marcia Bittar (PL), conseguiu mais um apoio de fora do seu arco de alianças, ou seja, de outro palanque. A prefeita de Taraucá, Maria Lucinéia, e seu esposo, o deputado federal Jesus Sérgio, ambos pedetistas, acertaram o apoio a candidata ao Senado no último domingo (28), de acordo com uma publicação nas redes sociais de Marcia. O curioso é que o PDT tem a 2ª suplência de outra candidatura ao Senado, a de Ney Amorim (Podemos).

Deferidos

Além da candidatura ao Governo de Sérgio Petecão (PSD), outra candidatura foi deferida pela Justiça Eleitoral, a de Marcio Bittar (UB). As outras seguem aguardando julgamento. Para o Senado, já são três candidaturas deferidas: Alan Rick (UB), Dr. Jenilson Leite (PSB) e Dra. Vanda Milani (Pros).

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