Um surto de meningite foi registrado na Zona Leste de São Paulo e acendeu uma preocupação nas autoridades de saúde, principalmente após quatro estados apresentarem crescimento nos casos da doença este ano. Apesar do Acre não ser um desses estados, em 2022, 51 casos suspeitos foram notificados, mas desses, apenas 9 foram confirmados.
Segundo o Boletim Epidemiológico de Meningite do Acre, em 2022, até a Semana Epidemiológica 38, atualizada em 29 de setembro, foram notificados 51 casos suspeitos de meningite, dentre eles, 9 foram confirmados, sendo 1 por meningite fúngica, 4 por meningite bacteriana, 1 meningite meningocócica, 1 por hemófilos e 2 meningites não especificadas. Neste ano, 1 óbito por meningite fúngica foi registrado pela doença. A taxa de letalidade para todas as meningites se encontra em 11,1%.
Entre os 9 casos confirmados neste ano, 6 são residentes do município de Rio Branco, 1 de Cruzeiro do Sul, 1 em Manoel Urbano e 1 de Porto Walter. O óbito registrado foi em Rio Branco. Os casos confirmados são de diversas faixas etárias, desde 1 caso em uma criança menor de 1 ano; 1 caso entre 15 e 19 anos; 1 caso entre 20 e 34 anos, faixa etária em que foi registrado o óbito; 5 casos entre 35 e 49 anos; e 1 caso entre 50 e 64 anos.
Anos anteriores
Em 2020 foram notificados 29 casos suspeitos, sendo 8 confirmados, com incidência de 0,9 casos por 100 mil habitantes, dentre eles foram 2 casos de meningite “não especificadas”, 1 caso de meningococcemia, 1 caso de meningite por Haemophilus, 2 casos de meningite viral e 2 casos de bacteriana não especificada, com taxa de letalidade para todos os tipos de 12,5%.
Em 2021, 53 casos suspeitos foram notificados, sendo confirmados 18 casos, com incidência de 1,7 casos por 100 mil habitantes, maior do que no ano anterior. Dentre os casos confirmados houve 2 casos de meningite meningococica, 9 de meningite bacteriana, 4 de meningite “não especificada”, 2 casos de meningite por outra etiologia (fúngica) e 1 caso de meningite viral, com taxa de letalidade para todas as meningites de 11,1%.
Prevenção
Para prevenir a doença, a vacina é a principal forma e está disponível de forma gratuita em postos de saúde. O público infantil continua sendo o público-alvo das campanhas de vacinação e conscientização sobre a doença.
São indicadas três doses de reforço, sendo entre 12 e 15 meses, outra entre 5 e 6 anos e mais um entre 11 e 12 anos de idade. Para as crianças e adolescentes de 10 a 19 anos de idade, caso não tenham tomado a vacina na infância, são recomendadas duas doses com um intervalo de cinco anos.
Tipos de meningite
Entre as formas mais comuns de meningite, a meningocócica, causada pela bactéria Neisseria meningitidis, é a mais grave, visto que tem evolução rápida e pode ser letal em 24 horas. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maior a chance de cura.
A meningite, que é uma inflamação das meninges, pode ser causada por bactéria ou vírus, e algumas formas mais raras, pode ser provocada por fungos ou pelo bacilo de Koch, da tuberculose. Apesar de afetar mais as crianças, pessoas de todas as idades podem desenvolver a doença.
Transmissão e sintomas
Entre os principais sintomas estão febre, dores, mal-estar, dificuldade para encostar o queixo no peito e eventualmente manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. A transmissão da doença se dá através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe.