Uma jovem de 18 anos, identificada como Ana Marquezini, foi presa temporariamente nesta sexta-feira (6), suspeita de ser a terceira envolvida na morte de Carlos Garcia dos Santos Junior, conhecido como “Juninho Laçador”, em Vilhena (RO). A suspeita é ex-namorada da vítima e atual do jovem suspeito de ser o mandante do crime, identificado como Felipe Gabriel.
Juninho Laçador estava em um carro, em frente a um haras que pertence a seu ex-sogro, quando foi atacado com pelo menos 11 tiros. Outra pessoa que estava no banco do passageiro também foi atingida e continua internada em estado grave.
A suspeita se apresentou voluntariamente na delegacia de polícia, acompanhada de familiares. Ela ainda não foi ouvida depois da prisão.
Durante coletiva de imprensa sobre o caso, os delegados responsáveis apontaram que a vítima foi morta durante uma emboscada e afirmaram também que “há indícios suficientes para, neste momento, se formar uma representação para uma prisão [da jovem]”.
Segundo os delegados, a investigação ainda está em andamento e há muita coisa ainda a ser esclarecida, como a forma como o crime foi organizado e a participação específica de cada suspeito.
Juninho Laçador era bicampeão nacional de rodeio, na categoria Laço Duplo. Segundo relatos de familiares e conhecidos, ele era uma pessoa querida por todos.
Pistas do crime
A perícia técnica esteve no local, na manhã seguinte ao crime, para encontrar pistas. De acordo com os delegados, a presença dos suspeitos no local foram descobertas, por exemplo, através de rastros.
Durante mandado de busca e apreensão realizado na residência de Felipe Gabriel, os policiais encontraram um sapato sujo de terra que pode ter sido utilizado no dia do crime para chegar ao haras.
Os suspeitos
O primeiro a se entregar à polícia foi o suspeito de ser o atirador, Kaio Cabral da Silva Pinho. Ele se apresentou na polícia na terça-feira (3).
O segundo foi Felipe Gabriel, apontado como o mandante do homicídio e tentativa de homicídio. Ele é o atual namorado de Ana Marquezini, filha do dono do haras onde Juninho foi morto. Ele foi preso na quarta-feira (4).
As investigações apontam que o suspeito via a vítima como uma ameaça “ao seu desejo de ficar rico com a herança do sogro” e, por este motivo, decidiu matá-lo.