Valorant: LOUD perde para a Fnatic e é vice do VCT LOCK//IN

LOUD foi derrotada pela Fnatic na grande final do VCT LOCK//IN São Paulo, torneio internacional de Valorant, e ficou com o vice-campeonato. Favorita na série melhor de cinco partidas (MD5), a equipe brasileira teve dificuldades no começo do duelo.

A Fnatic visivelmente estudou muito bem as táticas da LOUD e aproveitou os mínimos erros que encontrou nas rodadas disputadas.

Vale destacar ainda a excelente atuação do sueco Leo “Leo” Jannesson, que frustrou muitas tentativas da LOUD de se recuperar.

Os brasileiros até resistiram e ainda conseguiram esboçar um histórico reverse sweep, mas a vitória ficou para a Fnatic por 3–2, parciais de 13–8 na Ascent, 13–7 na Fracture, 9–13 na Split, 8–13 na Lotus e 14–12 na Icebox.

Com a vitória, a equipe europeia levou para casa a premiação de US$ 100 mil (cerca de R$ 500 mil) e ainda garantiu uma vaga extra para a região de EMEA (Europa, Oriente Médio e África) no VCT Masters Tokyo 2023, o próximo grande torneio internacional do FPS. A seguir, veja como foi a grande final do LOCK//IN entre LOUD e Fnatic.

Mapa 1 (Ascent)

Na Ascent, a Fnatic se mostrou bem preparada para a composição da LOUD, mostrada no duelo contra a DRX. Todo o conhecimento de Timofey “Chronicle” Khromov (KAY/O) para coletar informações foi posto à prova logo no pistol e já garantiu um ótimo retake e o primeiro ponto. Em seu bônus, a LOUD passou a compreender a movimentação de retake dos europeus, buscou a vitória e, logo em seguida, chegou ao 2–2. Porém, a Fnatic se reinventou rapidamente, abriu a vantagem de 5–2 e forçou a pausa tática brasileira. Apesar da visível melhora da LOUD no ataque, o time demorou um pouco para engrenar e só diminuiu o prejuízo para 8–4.

Virando para a defesa, a LOUD venceu o pistol com direito a uma facada de Matias “Saadhak” Delipetro (Viper) para cima de Leo “Leo” Jannesson (Sova). Com o 8–6 no marcador, Fnatic foi para seu bônus, chegou ao nono ponto, mas com o prejuízo de três armas perdidas. Logo em seguida, Nikita “Derke” Sirmitev (Jett) voltou a ser muito impactante, segurou a LOUD e abriu o caminho para a Fnatic chegar ao 11–6 e forçar mais uma pausa do Brasil. Infelizmente, a defesa brasileira não conseguiu a regularidade esperada, e a Fnatic chegou à vitória em 13–8.

Leo apareceu bem na Ascent e frustrou os planos brasileiros neste primeiro mapa — Foto: Divulgação/Colin Young-Wolff/Riot Games

Leo apareceu bem na Ascent e frustrou os planos brasileiros neste primeiro mapa — Foto: Divulgação/Colin Young-Wolff/Riot Games

Mapa 2 (Fracture)

Taticamente, a Fnatic volta a se mostrar superior. No pistol, os europeus fizeram ótima leitura para iniciar a Fracture na vantagem. A LOUD ganhou seu bônus, mas viu a casa cair nas rodadas seguintes e optou pela pausa tática no 4–1. Os brasileiros cresceram, chegaram ao 4–2 e tiveram o espaço para chegar ao terceiro ponto, mas Timofey “Chronicle” Khromov (Beach) e Leo “Leo” Jannesson (Fade) andaram de mãos dadas no after plant, venceram um duelo 2v4 e interromperam momentaneamente a reação brasileira. Apesar do susto, a LOUD seguiu forte, chegou a forçar a primeira pausa da Fnatic na série e contou com um 3k de Arthur “tuyz” Vieira (Brimstone) para virar o jogo em 6–5.

A Fnatic ainda buscou o empate em 6–6 na primeira metade e chegou mais atenta para a defesa, pegando a LOUD novamente desprevenida no segundo pistol e colocando o 7–6 no marcador. A LOUD precisou de seu bônus para voltar a vencer, mas a equipe perdeu quatro armas no processo, foi derrotada na rodada seguinte e viu sua economia cobrar duramente. A Fnatic aproveitou a vantagem econômica, seguiu emplacando as melhores leituras e, mesmo com ótima atuação de Cauan “cauanzin” Pereira (Breach), voltou a contar com a mira firme de Chronicle no final para finalizar a Fracture em 13–7.

Ao lado de Leo, Chronicle realizou ótimas jogadas e ajudou a Fnatic a colocar a LOUD em situação delicada na série — Foto: Divulgação/Colin Young-Wolff/Riot Games

Ao lado de Leo, Chronicle realizou ótimas jogadas e ajudou a Fnatic a colocar a LOUD em situação delicada na série — Foto: Divulgação/Colin Young-Wolff/Riot Games

Mapa 3 (Split)

No possível último jogo da série, Fnatic voltou a emplacar o melhor começo, assegurando o pistol e seu anti-eco. A LOUD conseguiu a oportunidade no bônus e chegou ao 2–2. Na quinta rodada, Nikita “Derke” Sirmitev (Jett), com apenas 1 de HP, surpreendeu ao eliminar dois jogadores da LOUD e levar a Fnatic ao terceiro ponto. Apesar da excelente jogada de Derke (Jett), os brasileiros se mantiveram calmos, e a metade seguiu equilibrada. Contudo, a LOUD se adaptou à defesa dos europeus e ainda foi agraciada pelas ótimas atuações de Erick “Aspas” Santos (Jett) e Cauan “cauanzin” Pereira para fechar a metade na vantagem por 7–5.

Para o segundo pistol, estava reservado um duelo dramático e decidido pela frieza de Matias “Saadhak” Delipetro (Raze) ao interromper o defuse para pegar os abates necessários. Depois, a Fnatic iniciou bem seu econômico, causou muito prejuízo aos brasileiros e chegaria à vitória se não fosse pelo 3k de Aspas (Jett). Por sinal, ele voltou a ser impactante no bônus da Fnatic ao evitar o Fio-Armadilha do Cypher de Emir “Alfajer” Beder e pegar os adversários desatentos. A LOUD seguiu forte em seu mapa de escolha, não deu espaços para a Fnatic reagir e chegou à vitória por 13–9 para sonhar com o reverse sweep.

Discreto nos dois primeiros mapas, Less apareceu bem na Split e foi o destaque da LOUD no mapa — Foto: Divulgação/Lance Skundrich/Riot Games

Discreto nos dois primeiros mapas, Less apareceu bem na Split e foi o destaque da LOUD no mapa — Foto: Divulgação/Lance Skundrich/Riot Games

Mapa 4 (Lotus)

No começo da Lotus, quem apareceu bem foi Jake “Boaster” Howlett (Astra), que abriu as duas primeiras rodadas com dois abates, frustrou os planos brasileiros e levou a Fnatic ao 2–0. No bônus da LOUD, o mesmo Boaster (Astra), emplacou um 3k, chegou às oito eliminações em três rodadas, buscou a vitória para a Fnatic e quebrou a economia brasileira. Porém, a LOUD fez um trabalho espetacular com poucos armamentos, emplacou uma entrada perfeita no spikesite C e encontrou seu primeiro ponto na Lotus. Essa vitória concedeu o espaço para a LOUD crescer no mapa e, mesmo com pausa tática adversária, virar o placar. No final dessa metade, um bom 7–5 para os brasileiros.

No pistol do segundo half, Nikita “Derke” Sirmitev (Raze) segurou três jogadores da LOUD no começo da rodada e levou tranquilidade para a Fnatic fazer o ponto. Depois, com o 7–7 no marcador e no bônus da LOUD, foi a vez de Felipe “Less” Basso (Killjoy) brilhar, emplacar um 4k e garantir esse importante ponto para sua equipe. A Fnatic sentiu o golpe aplicado por Less (Killjoy), e seu ataque simplesmente não funcionou mais na Lotus. A LOUD apenas aproveitou e fez uma atuação dominante na defesa do mapa, até fechar o 13–8 e forçar o quinto e último duelo da MD5.

LOUD forçou a Icebox para lutar por um reverse sweep na decisão — Foto: Divulgação/Colin Young-Wolff/Riot Games

LOUD forçou a Icebox para lutar por um reverse sweep na decisão — Foto: Divulgação/Colin Young-Wolff/Riot Games

Mapa 5 (Icebox)

A taça do LOCK//IN ficou para a Icebox, com os brasileiros iniciando no ataque. O começo foi perfeito para a LOUD, que venceu o pistol sem perder um único jogador sequer. A Fnatic, após ser derrotada no econômico, conseguiu ficar com o ponto em seu bônus. Na rodada seguinte, Emir “Alfajer” Beder (Killjoy) por muito pouco não concluiu o defuse, mas Felipe “Less” Basso (Viper) chegou bem a tempo de eliminar o adversário e manter a LOUD à frente no placar. A equipe brasileira continuou superior nessa metade de Icebox e ainda teve Cauan “cauanzin” Pereira (Skye) emplacando fenomenal 3k para salvar sua equipe de uma derrota em situação de anti-eco. Com ótima atuação, a LOUD fechou a metade em 9–3.

No segundo pistol, a LOUD se aproveitou o erro no plant realizado pela Fnatic e teve Erick “Aspas” Santos (Jett) fazendo um 3k para completa retake com autoridade e chegar ao 10° ponto e logo abrir o 11–3 no anti-eco, quando a Fnatic optou por pausa tática. Essa pausa, por sinal, foi muito bem utilizada pelos europeus, que trouxeram mais drama para a Icebox, em especial com as belas jogadas de Nikita “Derke” Sirmitev (Jett). A Fnatic chegou ao 11–11 e, quando a LOUD estava próxima do 12° ponto, Alfager (Killjoy) fez milagre ao alinhar dois jogadores para colocar sua equipe no tournament point. Contudo, a LOUD não deixou a Icebox terminar e forçou o overtime em 12–12.

Infelizmente, a Fnatic evitou o reverse sweep, que entraria para a história do cenário competitivo de Valorant, calou o Ginásio do Ibirapuera e ficou com o título do LOCK//IN após o 14–12 na Icebox.

LOUD quase buscou o reverse sweep, mas perdeu na Icebox no overtime e amargou o vice-campeonato — Foto: Colin Young-Wolff/Riot Games

LOUD quase buscou o reverse sweep, mas perdeu na Icebox no overtime e amargou o vice-campeonato — Foto: Colin Young-Wolff/Riot Games

Sobre o VCT LOCK//IN São Paulo

Maior torneio de Valorant da história, segundo a própria Riot Games, o VCT LOCK//IN São Paulo começou no dia 13 de fevereiro e se encerou neste sábado (4). Ao todo, foram 32 equipes participantes, sendo 30 vindo das três principais ligas profissionais do mundo (Américas, EMEA e Pacífico) e mais duas convidadas da liga chinesa. A premiação total foi de US$ 500 mil (cerca de R$ 2,5 milhões), dividida entre todas as competidoras. Além disso, a campeã garantiu para sua região uma vaga extra no VCT Masters Tokyo 2023, torneio que acontece do dia 11 ao dia 25 de junho.

Tabela abaixo, você confere a tabela de classificação final e a premiação recebida pelos times.

VCT LOCK//IN São Paulo – Classificação Final

Colocação Equipe Premiação
Fnatic US$ 100 mil (R$ 500 mil)
LOUD US$ 60 mil (R$ 300 mil)
3°–4° DRX e Natus Vincere US$ 40 mil (R$ 200 mil)
5°–8° NRG, Talon Esports, Leviatán e 100 Thieves US$ 25 mil (R$ 125 mil)
9°–16° Giants, Karmine, Cloud9, Evil Geniuses, Team Secret, Team Vitality, FUT e FURIA US$ 10 mil (R$ 50 mil)
17°–32° KOI, DetonatioN FocusMe, Gen.G, FunPlus Phoenix, BBL, Paper Rex, Team Heretics, MIBR, Team Liquid, KRÜ Esports, ZETA DIVISION, Global Esports, Rex Regum Qeon, EDward Gaming, Sentinels e T1 US$ 5 mil (R$ 25 mil)

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