Linha Direta repercute na web após mostrar vídeo de Henry Borel morto

A TV Globo quase foi impedida judicialmente de veicular o programa

O Linha Direta dessa quinta-feira (18/5) contou a história do menino Henry Borel, que morreu aos 4 anos, em março de 2021, na Barra da Tijuca (Rio de Janeiro). O programa virou assunto nas redes sociais por mostrar imagens da criança morta no colo da mãe.

“Necessário para mostrar o quão grave é esse crime, dois assassinos que bancam uma pose de inocentes”, escreveu uma internauta. “Tá muito forte esse programa”, disse outro usuário do Twitter. “Meu Deus, olha a cor da criança, completamente pálida”, enfatizou outra internauta.

A TV Globo quase foi impedida judicialmente de veicular o programa. A exibição do Linha Direta havia sido suspensa após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro acatar uma liminar da defesa do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho, acusado de ter matado o menino, de apenas 4 anos.

A juíza Elizabeth Machado Louro foi quem proibiu o programa de ir ao ar. Segundo a magistrada, a atração da TV Globo poderia influenciar a opinião pública, já que o caso vai a júri popular: “O processo ainda pende de julgamento, e a exibição em canal aberto e por emissora de grande alcance não parece servir aos propósitos informativos que possam ser alegados”, afirmou ela.

E completou: “O réu deverá ser julgado por um corpo de juízes leigos, e tal exposição poderá colocar em risco a imparcialidade dos julgadores”.

A decisão, no entanto, foi derrubada pelo STF, nessa quinta-feira (18/5). O ministro Gilmar Mendes entendeu que o ato da Justiça fluminense ofendeu o decidido pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 130, que proibiu a censura prévia à atividade jornalística.

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