O guarda-chuva da mente: Enfrentando a ansiedade e vivendo o presente

A ansiedade não é apenas um estado mental, ela tem consequências tangíveis em nossa vida diária.

Em um mundo acelerado e repleto de incertezas, a ansiedade tem se tornado uma companheira constante de muitos. A mente humana, com sua capacidade ilimitada de imaginar cenários, frequentemente nos transporta para um futuro incerto, repleto de “e se?”. Augusto Cury, um renomado psiquiatra e escritor, que aprecio suas reflexões, alerta para esse fenômeno, comparando a ansiedade a um guarda-chuva que abrimos antes mesmo de começar a chover, bloqueando a luz do sol do presente com a sombra de preocupações futuras.

A ansiedade não é apenas um estado mental, ela tem consequências tangíveis em nossa vida diária. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil lidera o ranking mundial de prevalência de ansiedade, com cerca de 9,3% da população sofrendo de ansiedade patológica. Globalmente, a pandemia de Covid-19 exacerbou essa condição, aumentando a prevalência de ansiedade e depressão em 25% no primeiro ano. Esses números não são apenas estatísticas, eles representam milhões de histórias individuais de luta e resistência. E, pode ter uma história na sua família. E você nem se deu conta. Sabia?

A ansiedade pode paralisar, impedindo-nos de avançar em nossa carreira, de manter relacionamentos saudáveis e até mesmo de nos permitir amar. Ela nos rouba do hoje, um dia que nunca mais voltará. A ciência tem mostrado que a fé, seja qual for a sua forma, pode ser um bálsamo para a mente ansiosa, oferecendo um refúgio e uma esperança que transcende a lógica fria dos fatos e números.

No entanto, é crucial reconhecer que a ansiedade é uma condição tratável. Com o apoio adequado, as pessoas podem aprender a gerenciar seus sintomas e viver uma vida plena e presente. Mas, faz necessário quebrar as barreiras, os preconceitos. A terapia, a medicação e as práticas de mindfulness são apenas algumas das ferramentas disponíveis para ajudar a combater a ansiedade. Há necessidade de uma adoção de um novo estilo de vida saudável, incluindo exercícios regulares e uma dieta equilibrada e tudo isso vai  ter um impacto significativo na redução dos sintomas de ansiedade. É fácil? Lógico que não. E tudo isso, estou incluindo “a minha pessoa”.

É importante lembrar que o amanhã é uma construção de nossa mente. Como Cury nos lembra, devemos viver o hoje, pois o amanhã não tem garantias. A ansiedade pode nos fazer temer o futuro, mas é no presente que a vida acontece. Ao enfrentar nossos medos e escolher viver no momento, podemos começar a desfrutar da beleza e das oportunidades que cada novo dia traz.

A história de cada pessoa com ansiedade é uma batalha pessoal, mas não é uma que deva ser enfrentada sozinha. A solidariedade e o apoio podem fazer uma diferença imensa. Ao compartilhar nossas experiências e estratégias de enfrentamento, podemos construir uma comunidade de compreensão e ajuda mútua.

Portanto, fechemos o guarda-chuva da mente e permitamo-nos sentir o sol do presente. A ansiedade pode ser uma nuvem passageira, mas o céu azul da tranquilidade está sempre acima, esperando para ser revelado. Viver o hoje é um ato de coragem e um passo em direção a uma vida mais feliz e satisfatória. Afinal, como disse Albert Einstein, a mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original. E talvez, ao nos abrirmos para o presente, possamos encontrar a paz que tanto buscamos.

E não esqueça, o amanhã não existe.

Viva o hoje, vamos?

Maysa Bezerra

Coach e Escritora

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