PDT em Rio Branco não forma chapa de vereadores e membros da sigla culpam secretário de Gladson

Todos os vereadores deixaram o PDT para disputar a reeleição em outros partidos em 2024

O PDT em Rio Branco sofreu um grande baque para as eleições deste ano. Em 2020, o partido teve uma das maiores bancadas da Câmara Municipal da capital, com três vereadores eleitos: Michelle Melo, Joaquim Florêncio e Fábio Araújo.

Sede do PDT no Acre/Foto: Reprodução

Michelle deixou o parlamento para assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa. No lugar dela, assumiu o vereador James do Lacen.

Todos os vereadores deixaram o PDT para disputar a reeleição em outros partidos. Joaquim Florêncio e James do Lacen se filiaram ao PL. Já Fábio Araújo, disputará a reeleição pelo MDB, principal rival da base do prefeito.

Agora, o partido que nas últimas eleições conseguiu ter uma das maiores bancadas da Câmara, sequer conseguiu montar chapa para disputar uma das 21 cadeiras do parlamento na capital. O partido apenas fará parte da coligação de apoio da chapa Bocalom/Alysson.

Culpa de quem?

Alguns membros do partido culpam o secretário de Agricultura, Luis Tchê, que preside o partido. Segundo os correligionários, o secretário decidiu colocar todas as fichas na candidatura do filho, Felipe Tchê, que vai disputar a cadeira na Câmara pelo Progressistas, e esqueceu de focar na construção da chapa do próprio partido.

Tchê é o atual secretário de Agricultura do Acre/Foto: ascom

Ficaram com medo

Além disso, antes de confirmar a candidatura do filho pelo PP, Tchê chegou a dizer que lançaria Felipe pelo PDT, o que amedrontou alguns membros do partido, que decidiram concorrer as eleições por outros partidos.

“Uma infelicidade”

Em conversa com a coluna, a deputada estadual Michelle Melo disse que é lamentável a postura do PDT em não formar chapa na capital. A parlamentar jogou a culpa no colo da Executiva do partido e tirou a responsabilidade dos deputados do partido na Aleac, que hoje são quatro: Ela, Chico Viga, Marcus Cavalcante e Pedro Longo.

Michelle é uma das deputadas do PDT no Acre/Foto: Juan Diaz/ContilNet

“É uma infelicidade, eu diria. O PDT é um partido nacionalmente grande, que tem seus dogmas voltados para a educação, para os trabalhadores. Para mim é um partido nobre. Não ter para as eleições municipais uma chapa de vereadores é uma perda lastimável. Mas essa decisão, essas tratativas, elas não partem dos deputados, nem dos próprios vereadores do PDT. Parte da Executiva, da Direção Municipal do partido. Então o porque isso aconteceu, só eles poderão dizer”, declarou.

Sem candidatura majoritária

Michelle também lamentou o fato do PDT não ter lançado nenhum candidato na disputa pela Prefeitura de Rio Branco. O partido nem chegou a indicar o vice-candidato na chapa de Bocalom, candidato que escolheu apoiar.

Estão livres!

Com a falta de chapas para vereador na capital, Michelle disse que os membros do partido estão livres para apoiar as candidaturas que nem acharem melhor, sem correr o risco de sofrer sanções do partido.

Apoio a Marcus

A deputada, inclusive, disse durante conversa com a coluna, que o anúncio oficial a candidatura de Marcus Alexandre poderá ser ‘feito em breve’.

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