No anúncio oficial da convenção partidária da chapa Bocalom/Alysson, marcada para o próximo dia 22 de julho, a ausência de um partido na foto de divulgação chamou a atenção: do Republicanos, partido presidido pelo deputado estadual Roberto Duarte. O senador Marcio Bittar, do União Brasil havia dito a coluna que a coligação do PL iria tentar unir todos os partidos de direita e aguardava a oposição de Duarte para sacramentar a união.
Essa decisão parece que ainda deve demorar mais alguns dias. Em entrevista à coluna, o deputado afirmou que o Republicanos ainda não chegou a um veredito final sobre a disputa pela Prefeitura de Rio Branco. Por enquanto, o partido mantém os esforços na construção das chapas de pré-candidatos a vereadores nos 22 municípios.
“Nosso Republicanos não decidiu ainda os caminhos para a Prefeitura. Estamos trabalhando com nossos pré-candidatos a vereadores e nossa executiva municipal, para que eles tomem a decisão”, disse Duarte.
“Tenho uma resolução interna que a decisão das executivas municipais serão respeitadas pela executiva regional”, completou o deputado.
Estão livres?
Questionado se há a possibilidade do Republicanos liberar seus membros para escolherem quem achar melhor na disputa pela prefeitura, Duarte voltou a afirmar que ainda não existe decisão oficial sobre o assunto.
Com ou sem o aval do presidente
Praticamente todos os parlamentares do Republicanos estarão no palanque de Bocalom, mesmo com uma possível decisão contrária do apoio por parte de Duarte. A deputada federal Antônia Lúcia, a segunda parlamentar do partido na bancada do Acre, é uma aliada próxima e incontestável de Bocalom.
Republicanos tem uma das maiores bancadas na Aleac
Já na Assembleia Legislativa, todos os três deputados republicanos devem apoiar a chapa Bocalom/Alysson. Todos compõe a base governista de Gladson e estão cientes que o candidato do governador é o atual prefeito. Portanto, Tadeu Hassem, Gene Diniz e Clodoaldo Rodrigues devem seguir a decisão de Cameli, com ou sem o aval de Duarte.
Maior base na Aleac fora da coligação
Outro partido que era esperado na convenção de Bocalom e Alysson era o PDT. A sigla presidida pelo deputado e secretário de Agricultura, Luís Tchê, faz parte da base governista de Gladson na Aleac e seria natural o apoio ao candidato escolhido pelo governador. Contudo, uma decisão nacional impede que o PDT se coligue com o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e do prefeito Tião Bocalom, o que inviabiliza a união entre os partidos no Acre.
O PDT tem na Aleac quatro deputados. É a maior bancada na Casa. Mas ela não deverá ser unânime no palanque de Bocalom.
Michelle Melo, ex-líder do governo na Casa, está praticamente fechada com Marcus Alexandre, do MDB. Chico Viga, Marcus Cavalcante e Pedro Longo devem seguir a orientação do governo e apoiar a chapa Bocalom/Alysson.
Briga de cachorro grande
Muito se fala nas chapas do PL e Progressistas como as mais disputas na corrida pelas cadeiras da Câmara Municipal de Rio Branco. Mas não tem como esquecer da chapa montada pelo União Brasil. É briga de cachorro grande. Ao todo são 5 vereadores no partido que tentam a reeleição. Contudo, o partido tem uma projeção de eleger até 4. A conta não fecha e vai ter gente com mandato de fora da próxima legislatura.
Vereadores que estão União Brasil e vão disputar a reeleição na sigla:
– Raimundo Castro (1.268 votos em 2020)
– Francisco Piaba (1659 votos em 2020)
– Lene Petecão (1789 votos em 2020)
– Ismael Machado (1928)
– Rutênio Sá (2271 votos)