Dados do último boletim das doenças arboviroses, emitido pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), referentes aos dados registrados até 2 de julho, apontam que o Acre já registrou 407 casos confirmados de febre oropouche em 2024.
Desta vez, o boletim separou os dados registrados em 2023 e 2024. No ano anterior, foram registrados apenas 60 casos, em oito municípios.
Com o avanço da doença no Acre, em pouco mais de seis meses, o estado registrou 407 novos casos. O avanço da doença não foi apenas em número de casos, mas também na quantidade de municípios onde já foram registrados casos da febre. Em comparação com o último boletim divulgado pela Sesacre, em 25 de junho, não houve aumento de casos.
Apenas um município do Acre, Santa Rosa do Purus, não tem informações sobre casos de febre oropouche.
Entre 1 de janeiro e 2 de julho já foram coletadas 1.197 amostras, um valor bem acima do coletado em 2023, que foram 145. Em 2024, aproximadamente 34% das amostras coletadas foram casos confirmados.
A febre oropouche é uma doença infecciosa aguda e é causada pelo vírus de mesmo nome. Além disso, a doença é causada por um arbovírus, que ocorre em dois ciclos, o silvestre e o urbano. No ciclo silvestre, geralmente, costuma infectar macacos e bichos-preguiça, além de aves silvestres. Seus transmissores na natureza são os mosquitos como Aedes serratus (Pará) e Coquillettidia venezuelensis (Trinidad).
No ciclo urbano, o único hospedeiro é o ser humano e ela normalmente é transmitida pelo Culicoides paraensis, também conhecido como borrachudo ou maruim.
Quais são os sintomas da febre oropouche?
Os principais sintomas da febre oropouche são:
– febre;
– calafrios;
– dor de cabeça;
– dor nas articulações;
– náuseas.
Quais são as formas de tratamento da febre oropouche?
O tratamento da febre oropouche consiste no uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios. Em casos graves da febre de Oropouche, pode ser necessária uma terapia antiviral que utiliza um fármaco chamado ribavirina.