Maysa Bezerra: o poder transformador de ser ouvido – uma história de cura e conexão

Em um dos programas de gestão avançadas da Amana Key, o mestre Oscar Motomura ensina que existem quatro necessidades básicas do ser humano: ser ouvido na essência, ser notado, amado ou reconhecido, ter o direito de errar e ter o direito de pertencer. Essas necessidades refletem a profundidade da nossa essência e revelam o que realmente buscamos em nossos relacionamentos.

Pensemos na história de Camila, uma jovem de 35 anos, que se sentia invisível e incompreendida. Apesar de ter uma carreira sólida e uma família amorosa, ela sentia um vazio que a consumia.

Foi então que decidiu procurar ajuda de um profissional. Em sua primeira sessão de terapia, Camila estava hesitante, mas seu terapeuta, com um olhar acolhedor e paciente, lhe deu a segurança de que precisava para começar a falar.

Camila se surpreendeu ao perceber que, ao ser ouvida genuinamente, seu coração se acalmava, e uma sensação de paz tomava conta de seu ser. Essa experiência refletia um estudo que mostra que o coração emite ondas elétricas e radiações, assim como o cérebro, e quando estão sincronizados, atingem um estado de calma e presença. Assim, pode-se comparar essa sincronização entre paciente e terapeuta, onde ambos estão em plena sintonia, é chamada de qualidade do relacionamento.

Rubem Alves, renomado educador e psicanalista, disse uma vez: “Escutar é assim: estar desarmado e disponível.” E é exatamente isso que Camila experimentou. Ela se sentiu em um ambiente seguro, pois sabia que suas palavras estavam sendo ouvidas na essência.

Quando refletimos sobre as palavras de Oscar Motomura, entendemos que a qualidade de uma terapia não reside apenas nas qualificações do profissional, mas na profundidade do relacionamento que ele é capaz de construir. Grandes líderes são aqueles que compreendem a importância de ouvir, pois sabem que é ouvindo que se constroem pessoas. É essencial sabermos quem ao certo são os líderes em nossas empresas, em nossa sociedades, em nossas comunidades, em nossos bairros, em nosso meio, para que possamos ter o popular “Segurança Psicológica” em nosso dia a dia, afinal, acabamos de sair de uma pandemia, e como está as nossas emoções?

Ao final de cada sessão, Ana saía com a sensação de que suas feridas estavam sendo cicatrizadas. O não ouvir, como ela havia experimentado antes, causava feridas profundas. Mas, ao ser ouvida, ela começava a se reconstruir, a se reencontrar.

É importante lembrar das palavras de outro psicólogo renomado, Carl Rogers, que dizia: “Quando olho para o mundo, sou pessimista, mas quando olho para as pessoas, sou otimista.” Essa frase nos faz refletir sobre o poder do indivíduo e como, ao sermos ouvidos e reconhecidos, podemos transformar não apenas a nós mesmos, mas o mundo ao nosso redor.

Então, reflita: Você está realmente ouvindo as pessoas ao seu redor? Está permitindo que sejam ouvidas em sua essência? Lembre-se de que a cura e a construção de grandes relacionamentos começam pela escuta verdadeira. Se tudo está um silêncio ao seu redor, há um alerta!

Mesmo sendo muitas vezes injustiçado, acredite que ainda há esperança de dias melhores pela frente! Existe pessoas que te ouve e acredita em você.

Em tempos onde a comunicação é rápida e superficial, ser ouvido na essência é um ato revolucionário.

Vamos transformar nossas relações, uma escuta de cada vez.

Ser ouvido é a chave para a cura e a conexão.

Maysa Bezerra

Coach e Escritora

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