Em recente entrevista ao podcast Em Cena, do ContilNet, o prefeito Tião Bocalom (PL) declarou que ainda é cedo para falar sobre as eleições para o governo em 2026. Mesmo com a vice-governadora manifestando seu desejo de suceder Gladson Cameli (PP), Bocalom foi cauteloso, afirmando que “não sabemos o que vai acontecer daqui a dois anos”.
O fato é que o prefeito se esquivou de uma decisão que ultrapassa sua alçada. Afinal, está claro que quem realmente dá as cartas nos passos de Tião Bocalom é o senador Márcio Bittar (UB), a quem o prefeito considera seu padrinho político.
No entanto, não se enganem: a vice-governadora Mailza Assis (PP) não está ignorando as palavras de quem, em 2020, enquanto presidia o Progressistas no Acre, assegurou a candidatura em um momento em que todos estavam focados na reeleição de Socorro Neri (PP) à prefeitura. Até o senador Alan Rick (UB), que o velho Boca considera um bom nome para suceder Gladson, estava apoiando Socorro.
Outro motivo pelo qual a vice-governadora está mantendo distância da campanha de Bocalom é a escolha de Renan Biths como coordenador da campanha. Biths, era chefe de gabinete de Mailza, teria saído com relações abaladas com a vice-governadora.
Há especulações de que o prefeito Tião Bocalom (PL) teria aspirações para o Palácio Rio Branco em 2026. No entanto, é preciso ter calma. Vamos aguardar o desfecho da atual eleição para a prefeitura de Rio Branco antes de considerar qualquer cenário futuro.
ONDE HÁ FUMAÇA…
Rumores indicam que o ex-prefeito Marcus Alexandre (MDB) teria sinalizado aos líderes do partido a possibilidade de apoiar Mailza Assis em 2026. No entanto, ao ser procurado pela coluna, Marcus evitou confirmar qualquer detalhe, limitando-se a dizer: “Tenho respeito por ela, mas no momento estamos concentrados na campanha para a prefeitura”.
SENHORES FEUDAIS
Embora a campanha eleitoral oficialmente comece amanhã (15), muitos pré-candidatos já deram a largada há tempos, mas na surdina. Em Feijó, por exemplo, os rumores indicam a prática de crimes eleitorais, corrupção e distribuição de materiais e outros benefícios em troca de votos. Essa operação clandestina já avançou a tal ponto que territórios foram demarcados, onde os “mais fortes” exercem seu poder absoluto, mandando e desmandando como barões em seus feudos.
CULTO OU COMÍCIO?
Muitos irmãos evangélicos demonstram grande insatisfação com certos pastores que parecem ter esquecido sua missão de pregar o evangelho em nome de Jesus. Em vez disso, estão transformando o púlpito e as igrejas em palanques, onde a mensagem divina é trocada por discursos em nome de candidatos políticos.
RELIGIÃO E POLÍTICA
A relação entre religião e política é delicada, especialmente no meio evangélico. Além de serem fiéis, os membros das igrejas também são eleitores, o que inevitavelmente gera discordâncias. Muitos preferem manter a política à distância, enquanto outros veem nela uma oportunidade. Hoje, é difícil separar completamente os dois temas, política e religião. No fim das contas, sempre haverá quem faça política a partir do púlpito.
À MODA ANTIGA
Ao volante de seu Fusca, marca registrada de João Paulo Silva (POD) nesta pré-campanha, o ex-presidente da Fundhacre segue fazendo política à moda antiga. Com um estilo que remete aos velhos tempos, ele bate de porta em porta nas comunidades, toma um cafezinho com a dona Maria e troca um dedo de prosa com o seu João.
JOABE LIRA
O apoio incondicional do prefeito Tião Bocalom (PL) à pré-candidatura de Joabe Lira (UB) tem uma razão estratégica: ele planeja transformar Joabe no vereador mais votado e, consequentemente, no próximo presidente da Câmara de Vereadores de Rio Branco. Para isso, Joabe conta com o suporte decisivo de três secretarias: Seagro, Cuidados com a Cidade e Seasdh.
DE SECRETÁRIOS A CANDIDATOS
Em 2026, a política promete trazer rostos novos, isso é certo. Muitos dos secretários do governador Gladson Cameli (PP) provavelmente deixarão seus cargos para disputar uma vaga na Aleac. Entre os nomes que vêm ganhando força estão Ítalo Lopes, da Secretaria de Obras, Alírio Wanderley, presidente do IEPTEC, e Aberson Carvalho, Secretário de Educação.
TRAÇANDO NOVAS ESTRATÉGIAS
Informações vindas da terra do açaí indicam que o PP se reuniu com o primeiro escalão da campanha de Cláudio Braga para redefinir os rumos. O clã dos progressistas em Feijó está visivelmente insatisfeito com os resultados obtidos até o momento.
PENSANDO EM 2026
A ex-deputada federal Mara Rocha (sem partido) tem sido bastante procurada por pré-candidatos a vereadores para participar de reuniões. Ontem (14), Mara foi vista em um encontro com o pré-candidato Hamilton Lucena (MDB). Embora já tenha anunciado sua intenção de concorrer ao Senado em 2026, sua presença nessas reuniões e o apoio a diversos candidatos são estratégias para manter seu nome em destaque.