Cientistas da UFRN descobrem novas pegadas de dinossauros no Nordeste

O estudo detalhado das pegadas revelou a presença de um saurópode titanossauriforme, um tipo específico de saurópode robusto

Uma recente descoberta realizada por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) revelou um novo conjunto de pegadas de dinossauros, localizadas em São João do Rio do Peixe, na Paraíba.

Esta nova pista, identificada no Monumento Natural Vale dos Dinossauros, oferece insights inéditos sobre a evolução dos dinossauros saurópodes, um grupo de dinossauros caracterizados por seus pescoços e caudas longas.

O grupo de cientistas, composto por Zarah Trindade Gomes, Rebecca Fernandes Erickson, Aline Ghilardi e Tito Aureliano, publicou suas descobertas na revista Historical Biology/Foto: Reprodução

O estudo detalhado das pegadas revelou a presença de um saurópode titanossauriforme, um tipo específico de saurópode robusto. A descoberta permitiu a definição de um novo icnogênero e icnoespécie, nomeados Sousatitanosauripus robsoni.

A escolha do nome presta homenagem a Robson Araújo Marques, conhecido como “o velho do rio”, que desempenhou um papel importante na proteção e divulgação das pegadas na região antes de falecer em 2021.

O achado é crucial para entender a diversidade e a locomoção desses gigantes pré-históricos no início do Período Cretáceo.

A professora Aline Ghilardi, do Departamento de Geologia da UFRN, explicou o processo de nomeação das pegadas fossilizadas, que se baseia na forma das pegadas e não no animal que as produziu. O sistema nomenclatural usado para essas descobertas é essencial para estudar a evolução e o comportamento dos dinossauros ao longo do tempo.

O grupo de cientistas, composto por Zarah Trindade Gomes, Rebecca Fernandes Erickson, Aline Ghilardi e Tito Aureliano, publicou suas descobertas na revista Historical Biology. Além da publicação, a equipe planeja realizar um evento de comunicação científica no Centro Cultural Banco do Nordeste, em Sousa, para explicar a importância das descobertas à comunidade local e responder a perguntas do público.

O professor Tibério Araújo, do IFPB Campus Sousa, destacou o valor científico e simbólico da descoberta. Ele acredita que o reconhecimento da riqueza paleontológica da região pode estimular novos investimentos e o desenvolvimento de cursos especializados, além de impulsionar o turismo científico e sustentável.

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