Deputado faz governo recuar sobre greve da Educação e mostra porque está no 5º mandato

Veja detalhes na coluna Pimenta no Reino, do jornalista Matheus Mello

Após dias de greve da Educação, o Palácio Rio Branco recuou e iniciou as tratativas com a categoria para resolver o impasse. A reunião aconteceu no final da tarde desta quarta-feira e teve a presença, além do secretário de Educação, Aberson Carvalho, dos principais caciques do Governo: Luiz Calixto e Jhonatan Donadoni.

Edvaldo Magalhães é líder da oposição na Aleac/Foto: Juan Diaz/ContilNet

O começo dos acordos começou após uma longa manifestação que durou a semana inteira e teve como palco a Assembleia Legislativa. Os servidores da Educação lotaram a galeria da Casa e contaram, principalmente, com um porta-voz experiente e necessário no parlamento: o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), líder da Oposição.

No quinto mandato seguido, Edvaldo ajudou a aumentar a pressão sob o Palácio e foi figura crucial para que o Governo recuasse e decidisse abrir as negociações com a categoria. E esse é o papel do líder da Oposição, trabalho que Edvaldo cumpre com maestria.

Pegou mal!

Por outro lado, quem não anda cumprindo bem o papel é o líder do Governo na Casa, deputado Manoel Moraes. No discurso no plenário da Aleac, o parlamentar se enbananou – mais uma vez -, e prejudicou ainda mais a imagem do Governo com a categoria. Ele chegou a dizer que os servidores iriam ‘morrer doido’ querendo a volta dos 10% da tabela. Segundo ele, isso era impossível em razão da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Resultado: um prato cheio para a Oposição. Até nota de repúdio o líder do governador ganhou. A fala só ajudou a inflamar mais ainda a relação com a categoria.

Tá na hora

Não é de agora que Moraes não anda ajudando a limpar a barra do Governo. Sem Pedro Longo na Casa, coube aos outros deputados da base, como Tanízio Sá e Eduardo Ribeiro resolver as bobagens ditas por ele no plenário. Tá na hora – na verdade já passou – de Gladson repensar a posição do atual líder dele.

De volta a pauta principal

Voltando para a reunião na Casa Civil entre o Governo e a categoria, é preciso tirar o chapéu para dois secretários de Gladson: Aberson Carvalho – da Educação e figura central no imbróglio -, e Ricardo Brandão – do Planejamento. Os dois souberam conduzir muito bem as tratativas e deram uma aula sobre a LRF e os motivos pelos quais o Palácio está impossibilitado neste momento de conceder todas as exigências dos servidores.

Bom trabalho

O deputado Pablo Bregense, do PSD, tem se mostrado uma liderança interessante na defesa do direitos das pessoas autistas. Na Aleac, ele apresentou um projeto de lei que propõe protocolos individualizados de avaliação para estudantes com TEA e TDAH.

Recado dado

Pablo, que é pai de uma criança autista, deu um recado que precisa ser ouvido para o restante dos parlamentares sobre uma atuação mais forte em relação a causa das pessoas neurodivergentes. “Nós temos a responsabilidade de garantir que esses jovens possam seguir seus sonhos. A adaptação nas instituições de ensino não é algo opcional, é uma obrigação que devemos assumir com seriedade e urgência”.

Comemoração!

A secretaria municipal de Educação, Nabiha Bestene, tem muito a comemorar: Rio Branco foi a segunda capital do país com o melhor desempenho no IDEB, o índice que mede a qualidade da educação no Brasil.

Milhões em prejuízo

A suspensão das emendas via pix, decidida pelo ministro do STF, Flávio Dino, deve prejudicar diretamente o Acre. O senador Alan Rick declarou que a medida deve causar o bloqueio de mais de R$ 500 milhões de recursos enviados ao estado.

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