BLOG DO TON: Falas de Socorro na TV mostram um erro que não precisava ser cometido

Deputada do Progressistas concedeu entrevista ao programa Antônio Muniz

A deputada federal Socorro Neri tem cedido uma série de entrevistas à imprensa. A mais recente delas, ao querido amigo Antônio Muniz, da TV Rio Branco. Ainda que tenha sofrido uma série de baques nos últimos tempos, a deputada continua em alta com o povo, centrada no seu mandato, e nestas eleições decidiu fazer seu trabalho de formiguinha, sedimentando seu grupo político e visando as próximas eleições onde, apesar de despontar nas intenções de voto para governo e senado, afirma ter como plano a reeleição.

Socorro durante entrevista ao podcast do ContilNet/Foto: Matheus Mello

Mas uma das coisas que mais chamam atenção — algo que fica cada vez mais claro, pelo menos em se tratando de uma leitura que somente a deputada pode confirmar — é que nessa questão envolvendo a capital, o que mais pesou foi o constrangimento causado do que propriamente o nome do prefeito Tião Bocalom. Em uma fala especial da entrevista, Socorro comenta esse assunto.

“Fiz isso sempre articulando o partido, e evidentemente ouvindo a todos do partido. Não cabia a mim uma posição unilateral, de decidir sozinha a respeito dessa questão [da candidatura]. No momento que ele [Alysson] declinou da possibilidade de ser candidato a prefeito e virou candidato a vice nessa chapa [de Bocalom] eu entendi que o meu momento, naquele contexto, havia encerrado. Tivemos ali situações muito contrangedoras e eu não vou nunca passar pano quente em relação a isso. Mas isso é passado. Hoje Alysson é vice do atual prefeito Tião Bocalom”.

O posicionamento de Socorro, além de esclarecer o seu ponto de vista a respeito dessa situação, evidencia um erro que não precisava ser cometido. A mesma Socorro que foi envolvida em situação constrangedora, agora é requisitada, por ser importante no processo eleitoral — e de fato é. Acho que somente os fatores tempo e disposição dos envolvidos podem dizer qual será o futuro dessa situação.

NÃO TEVE — O PT é um partido com identidade forte. E quem sai de um partido assim deve ter na cabeça que não serão três ou quatro meses que irão apagar isso. Construção política é algo que envolve autenticidade e coragem. Aliás, o presidente Lula, por exemplo, sabia dos desafios de fazer parte de um partido rejeitado (ou vocês acham que Bolsonaro não iria passar a campanha inteira falando que ele é o candidato do PT, mesmo ele filiado em qualquer outro partido?). Sabendo que faz parte do PT, e o PT dele, Lula bancou isso e formou uma aliança vencedora nas eleições presidenciais. O Marcus Alexandre não teve essa coragem agora, nestas eleições para prefeitos e vereadores — e não estou dizendo que deveria ter, longe de mim.

BEIRA O ÓBVIO — Quem não votaria no Marcus por ele ser do PT, não vai votar nele estando no MDB coligado com o PT. Isso é uma coisa que beira o óbvio. Quem vota no Marcus, vota na pessoa dele, ele poderia estar no em qualquer outro partido. E se o Marcus não quisesse tanto se afastar dessa identidade — pelo menos é o que aparenta — jamais existiriam pessoas que provocariam esse incômodo fazendo justamente o contrário, o aproximando do PT e do Lula — como o senador Márcio Bittar, que é inteligente, sabe o que faz.

EQUILÍBRIO — Tantas pessoas da oposição torcendo para que o prefeito Bocalom perca o equilíbrio, e quem está o perdendo são alguns deles. Quando a gente olha pro abismo, existe o grande risco de o abismo olhar pra gente. Né, Nietzsche?

VICE DE GILBERTO — O jogo do vice de Gilberto Lira tem tudo para virar uma briga de foice. É que tem gente temendo a rejeição do vereador Alípio Gomes — rejeição essa que o tirou da cabeça de chapa. Vereadora Ivoneide Bernardino — muito combativa, por sinal — e Edgardina Matos, gestora pública e esposa do competente Jairo Cassiano, foram nomes considerados nos bastidores.

SILÊNCIO — Aliás, ninguém comenta o silêncio do deputado federal e pré-candidato a prefeito Gerlen Diniz. Ele é frio, calculista. O silêncio de Gerlen pode falar mais do que o barulho de Mazinho.

GESTO POLÍTICO — Vejo essa interpelação do governador Gladson contra o presidente da Apex Jorge Viana mais como gesto político do que qualquer outra coisa. Essa questão não vai dar em nada, mas Gladson mandou um recado de que não pensa em compor com o Menino da Floresta.

DOIS TEMAS — Na internet, existem “especialistas” que adoram, sentem a necessidade, de comentar tudo. Dessa necessidade, muita gente fez comentários que beiram o absurdo de, pelo menos, dois temas relevantes: o caso de transfobia nas olimpíadas e as eleições na Venezuela.

NO MÍNIMO — Sobre as eleições venezuelanas, não tenho problema nenhum em dizer que prefiro estudar muito mais sobre o assunto para emitir notas que, no mínimo, não levem à desinformação.

VOLTOU — Wilsilene Gadelha, a secretária-adjunta da Seasdh que entregou o cargo num evento público, voltou ao governo. Ocupa uma CAS-8, que corresponde a uma chefia de departamento. Maria Zilmar, que deixou o governo para Mailza assumir a titularidade da pasta, ainda segue fora.

SUBESTIMADO — O pior precipício político é antever eleições, dizer que alguém está eleito. Isso é coisa de gente parva, carente de conhecimento e noção. O povo não pode — e nem deve — ser subestimado.

NINGUÉM SE INCOMODARIA — Se o apoio da deputada federal Socorro Neri em Brasiléia fosse tão inexpressivo assim, ninguém se incomodaria. Ponto final.

BATE-REBATE

– Em Manoel Urbano, o único que pode derrotar o prefeito Toscano se chama Izalte Vaz (…)

– (…) Não sou eu quem estou dizendo. São as pesquisas e o povo.

– Em Marechal, o bom Valdélio Furtado, quietinho, tem construído uma aliança sedimentada (…)

– (…) Enquanto uns arrotam coisas que nem tem, o Valdélio constrói e constrói.

– Essa história de partidos que não sobem nesse ou naquele palanque, todo mundo sabe que não é assim que a banda toca (…)

– (…) Nos bastidores, a conversa é outra.

– Esta sexta-feira (2) é o dia da oficialização da candidatura a prefeito e vice do PSB (…)

– (…) À frente, Jenilson Leite e Sanderson Moura.

– Até o prefeito Bocalom entrou na trend da foto icônica do surfista Gabriel Medina (…)

– (…) Virou febre!

Bom final de semana!

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