Acre está localizado em região mais poluída do mundo, aponta plataforma suíça

Ainda de acordo com a IQAir, Rio Branco registrou índices duas vezes piores do que em comparação com agosto do ano passado

Segundo a plataforma suíça de monitoramento do ar, IQAir, no último mês, a Amazônia Ocidental passou a ser a região mais poluída do mundo, local em que o Acre compõe.

Falta água e sobre fumaça/Foto: Juan Diaz

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Devido aos incêndios florestais que se intensificaram, a emissão de poluentes e a média de concentração de material particulado, tanto o estado acreano, quanto o Amazonas, Rondônia e Roraima, estão à frente de países que historicamente enfrentam problemas com a qualidade do ar, como Índia, Paquistão e China.

Ainda de acordo com a IQAir, Rio Branco registrou índices duas vezes piores do que em comparação com agosto do ano passado. O município era a capital mais poluída do Brasil nesta quarta-feira, 4, com níveis mais de 26 vezes acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Na plataforma, além da qualidade do ar, que atualmente na capital se encontra em “Perigoso”, também é possível acompanhar focos de incêndio em todo o país, e a previsão do tempo dos próximos dias.

Atualmente, o índice de Rio Branco é 60 vezes superior ao limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 15 µg/m³, o que coloca a capital com a pior situação do país, a frente até mesmo de Porto Velho (RO), que vinha liderando o ranking nas últimas semanas.

Acre em emergência

Em junho, o governador Gladson Cameli decretou situação de emergência ambiental em decorrência da redução dos índices de chuvas e dos cursos hídricos, prejuízos sociais e econômicos, e riscos de incêndios florestais em todos os municípios do estado.

O texto destaca que a previsão para os próximos meses é de uma tendência de redução da precipitação de chuvas, com o aumento de temperaturas e a queda do percentual da umidade relativa do ar.

O governo apresenta ainda os dados mapeados pela equipe técnica do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental, que apontam que os rios do Estado tendem a apresentar cotas mínimas inferiores às cotas baixas de alerta e alerta máximo nos próximos meses.

O decreto elenca ainda a série de prejuízos que o Estado deverá enfrentar com a seca extrema prevista para 2024. Entre elas, a dificuldade relacionada às atividades de navegação e transporte de alimentos e pessoas e isolamento.

Ainda no decreto, o governo lembra que o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima já declarou estado de emergência, por meio de uma portaria, publicada em 25 de abril de 2024, em virtude do risco de incêndios florestais, entre outros, no Acre, durante o período de abril a novembro de 2024.

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