No próximo dia 6, sexta-feira, às 15h, a Fequis Consultoria e Serviços Ambientais realiza a palestra “Desembargos e multas ambientais: benefícios do desembargo na Amazônia”, no Espaço Indústria, como parte da programação da Expoacre 2024.
O presidente da Green Army e advogado especialista em Direito Ambiental, Emerson Costa, abordará os benefícios do desembargo na região amazônica, esclarecimentos sobre os processo de obtenção de licença ambiental, como evitar embargos na sua área e a importância da resolução de pendências ambientais.
Ao lado da representante da Fequis Consultoria e Serviços Ambientais, Ana Clara Santos, ambos destacarão a importância da legalização ambiental.
“Vamos esclarecer aos produtores a importância de cumprir a legislação ambiental, e as normas estabelecidas para evitar embargos, que podem causar prejuízos significativos e afetar a sustentabilidade e produção de suas atividades à longo prazo”, explica Costa.
O evento, gratuito e aberto ao público em geral, tem apoio da Green Army e Tree Earth.
O que são embargos?
Áreas embargadas são regiões onde a atividade produtiva é suspensa devido a irregularidades ambientais, como o desmatamento sem autorização. Quando uma área é embargada, o produtor enfrenta diversos desafios, como a impossibilidade de comercializar seus produtos e de obter financiamentos. A decisão de embargar uma área geralmente ocorre após a detecção de atividades ilegais, muitas vezes por monitoramento via satélite ou denúncias.
Por exemplo, um produtor pode desejar expandir suas terras para produção, mas essa expansão requer uma autorização do órgão ambiental. No entanto, devido à demora no processo de obtenção da licença, alguns produtores optam por desmatar sem permissão, resultando no embargo da área.
A Instrução Normativa nº 15, de 1º de junho de 2023, do Ibama, regulamenta o embargo remoto e preventivo de áreas com atividades irregulares na Amazônia Legal, visando proteger o meio ambiente e garantir que as atividades agrícolas estejam em conformidade com a legislação.
Para regularizar a situação, o produtor deve cumprir determinadas condições, que podem incluir a assinatura de um Termo de Compromisso Ambiental ou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Somente após a resolução das pendências e o levantamento do embargo, o produtor pode retomar suas atividades normais, incluindo a venda de gado e grãos e o acesso ao crédito rural.