Esperava-se uma grande mudança no São Paulo após a eliminação na Conmebol Libertadores. Fosse de esquema, de ideia de jogo, com a substituição de jogadores mais velhos, a entrada de reforços… Nada disso se concretizou.
Zubeldía virou a página, levou a campo um Tricolor igual ao de sempre, derrotou o Corinthians no Mané Garrincha e deu o recado: o show tem de continuar.
Em relação ao time que começou o duelo contra o Botafogo, no torneio internacional, uma mudança: a saída de William Gomes, apagado na ocasião, para o retorno de Luciano à faixa central no 4-2-3-1.
O time apresentou os padrões de costume e voltou a errar de forma perigosa no começo do jogo, como nas atuações recentes. Lances como uma bola perdida por Luciano no campo de defesa ou uma virada de jogo sem direção de Arboleda. Foi um primeiro tempo fraco de ambas as equipes.
O Corinthians, que mostrava um pouco mais de energia, virou pó com as expulsões. Aí, a diferença cresceu entre as equipes e o resultado ficou até barato para o que o São Paulo poderia ter feito.
Expulso por solada em Calleri, Fagner deixou o Corinthians com um a menos no lance em que Lucas bateu e converteu o pênalti. Na segunda etapa, foi a vez de André Ramalho acertar o braço em Luciano, deixando o Corinthians com nove. Cheio de espaços, o Tricolor ganhou um jogo que ficou fácil.
É claro que, na visão do torcedor, era noite para uma goleada histórica. E o São Paulo teve volume e superioridade para isso. Chances foram perdidas, como uma de Rato na cara do goleiro Hugo Souza.
Em vez disso, o São Paulo levou um gol de Yuri Alberto e até sofreu sufoco para um empate por 2 a 2. Ineficiente, o Corinthians não conseguiu a igualdade, e André Silva definiu o placar por 3 a 1.
Em resultado, foi ótimo para o São Paulo: primeira vitória de Zubeldía num clássico, pontuação que mantém o time entre os primeiros e um aumento de dificuldade na luta do rival para a sobrevivência.
Em termos de desempenho, o Tricolor pode mais. Mas vencer um clássico após uma semana de tristeza e lamentação dá sensações positivas. O time tem gás, sim, para se levantar. O show tem de continuar. E já tem data e horário marcados: sábado, às 19h, contra o Cuiabá, na Arena Pantanal.