O depoimento do governador Gladson Cameli ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), nesta terça-feira (5), em Brasília, no caso da Operação Ptolomeu, que ele e assessores respondem há quase quatro anos sem que hajam denúncias ou fatos comprobatórios capazes de afastá-lo de suas funções, virou uma espécie de segundo turno das eleições de 2022. Segundo, porque o primeiro foi vencido pelo atual governador como, aliás, já tinha vencido em 2018.
Muito mais que vencer as duas ultimas eleições para o Governo do Estado, em 2018 e 2022, sempre em primeiro turno, Gladson Cameli tirou do poder, pela autoridade do excelentíssimo senhor eleitor, aquele que detém a autoridade absoluta do voto popular, aqueles que ficaram 20 anos no poder e se jactavam de planejar permanecer pelo menos mais dez, exatamente o tempo que praticamente permaneceu no poder a ditadura militar que serviu de inspiração de alguns dos que hoje se julgam de esquerda.
São os mesmos que vêm patrocinando, nas ultimas horas, ataques insidiosos contra o governador nas redes sociais desta gente que hoje se apresenta como se honesto fosse de fato. Condenam o governador face ao seu depoimento como se os mesmos, os patrocinadores das patifarias de uns pulhas menores, nunca tivessem tido em seus calcanhares a Polícia Federal e órgãos de controle que se, em nível local, não levou à cadeia os seus líderes locais, mostrou ao país e ao mundo que eles, no geral, em matéria de respeito ao erário e ao patrimônio público, são santos de pau oco e dos pés de barro. Condenam o governador como se este não tivesse como se defender e fosse de fato culpado.
Gladson Cameli, acusado e emparedado de todas as formas, nunca se abaixou e sempre abriu o Palácio e as contas públicas do Estado para a investigação de todos os órgãos de controle. O que, aliás, nunca foi feito em relação ao escândalo do Ruas do Povo e outros desvios aos quais o atual Governo, pela necessidade da continuidade da administração pública, tem que prestar contas e procurar consertar os maus feitos desta gente que, se escapou da cadeia, não escapa do escarnio popular ao ponto de, nas ultimas eleições, vir reduzindo sua representatividade política a um único vereador da Capital Rio Branco.
São os personagens menores que querem fazer um Governo eleito nas ruas pela ampla maioria da vontade popular, descer ao tamanho do que eles são de fato, proxonetas e ladrões que vivem fora do poder com enormes dificuldades e atacam o governador Gladson Cameli na esperança de, enfim, enfraquecê-lo e assim voltarem ao poder do qual foram afastados pela indignação da gente acreana que não suportava tanto descaramento e tanto desrespeito ao dinheiro público.
O ex-governador que patrocina os ataques ao governador atual é o mesmo que enricou ao ponto de não ter coragem de revelar – nem mesmo à Justiça Eleitoral, o que é obrigatório, um apartamento em Brasília avaliado em mais de 4 milhões de reais. É o mesmo que conta com sobejas e rotundas aposentadorias de ex-senador e ex-governador e, ainda assim, é capaz de vir ao Acre, às vésperas de uma eleição municipal, na qual era obrigado a votar, já que é eleitor do Acre, e criar um seminário local sobre a instituição que dirige, ao qual ninguém responsável compareceu. Afinal, era um flagrante usado só para justificar as passagens gratuitas e as diárias ordenadas pelo Estado brasileiro para que ele viesse a Rio Branco cumprir sua obrigação de eleitor sem gastar o que nunca gastou em relação às suas economias pessoais, obtidas às custas do sacrifício do povo acreano.
Um escárnio!
É esta gente que quer enxovalhar e levar para a vala imunda e fétida na qual sempre conviveu um líder popular com a musculatura moral e humana de um Gladson Cameli. Sim, Gladson Cameli vai depor ao STJ e se submeter ao que preconiza o Estado Democrático de Direito segundo o qual todo homem tem direito à defesa.
Aliás, neste caso da Ptolomeu, o que Gladson Cameli nunca teve de fato foi direito à defesa. Foi julgado e condenado por quem não tem legitimidade e tampouco dignidade para fazê-lo. Mesmo assim, manteve-se de pé, altivo e sereno, ao ponto de, mesmo em meio ao maior tiroteio que um homem público pode viver, submeter seu nome ao crivo popular ao se candidatar em 2022 e ser reeleito, em primeiro turno, pela população do Acre, a qual, não só o reelegeu, como o absolveu das acusações que lhe fazem seus adversários mais vulgares.
Que o STJ e os órgãos de controle, aos quais a defesa do governador sempre respeitou e cedeu todos as informações exigidas, saibam fazer justiça, a justiça a qual os patrocinadores dos ataques que o Governo do Acre, na pessoa do seu governador sofre, sempre negaram – a mesma Justiça da qual eles se esconderam ou esconderam as fortunas que possuem subtraídas dos magros cofres públicos acreanos.
A Justiça serve à Justiça. Sempre.