O bitcoin subiu nesta quinta-feira (5) e ultrapassou a marca histórica de US$ 100 mil pela primeira vez na história nesta quinta-feira (5), com nova injeção de otimismo com o futuro governo de Donald Trump nos Estados Unidos.
A nova onda de otimismo foi deflagrada após a indicação de Paul Atkins — notório entusiasta das criptos — para dirigir a SEC, órgão responsável por regular o mercado dos EUA.
Após passa a maior parte do ano na faixa de US$ 60 mil, o bitcoin quebrou uma série de recordes desde outubro, com a expectativa da volta do republicano à Casa Branca.
De acordo com especialistas ouvidos pela CNN, a criptomoeda tem espaço para valorizar ainda mais no curto e longo prazo.
“Eu vejo o mercado bastante positivo para o primeiro trimestre do ano que vem, e a tendência maior é que o bitcoin continue a subir, descobrir novos patamares de preço e de suporte de resistência acima do US$ 100 mil”, projeta Luiz Pedro, analista-chefe de criptoativos da Nord Research
Apesar da marca histórica, para Pedro de Luca, diretor de research na F.F. Capital, o avanço segue em linha com as sequências de altas ocorridas após a reeleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Alguns acontecimentos fizeram com que o bitcoin tivesse essa pulada para o US$ 100 mil. Era algo que já estava muito próximo, tinha batido US$ 98 mil, e é um pulo relativamente pequeno para o US$ 100 mil”, avalia.
A criptomoeda mais conhecida do mundo, estava em alta desde novembro e chegou a mais que dobrar durante as quatro semanas desde a vitória de Trump, com a expectativa de que a reeleição do republicano trará um ambiente regulatório favorável às criptomoedas.
Dessa forma, ele explicou que os acontecimentos cruciais que ajudaram a moeda digital a avançar tem relação com o discurso de executivos globais.
Na última quarta-feira (4), o presidente da Rússia, Vladimir Putin comentou acreditar ser impossível proibir o bitcoin.
Também na véspera, o chair do Federal Reserve Fed), Jerome Powell, afirmou que a criptomoeda vem em competição com o ouro, e não com o dólar.
“Isso mostra uma visão um pouco mais otimista de uma pessoa que nunca falou muito de bitcoin, mas que sempre deixou nas entrelinhas não ser fã”, destacou Luca ao comentar a mudança de posição de Powell.
Outro ponto de destaque feito pelo diretor de research na F.F. Capital é a votação que a Microsoft terá com acionistas sobre colocar bitcoin em seu balanço, prevista para acontecer na próxima terça-feira (10).
“De acordo com o último relatório da empresa, eles têm cerca de US$ 75/76 bilhões em caixa, então qualquer movimento da empresa movimentaria bastante com o mercado”.
Guilherme Nazar, vice-presidente regional da Binance para a América Latina, pontua que a soma dos recentes fatores, não somente nos EUA, como impulsionadores da cripto.
“Diversos países estão em posição avançada na regulação do mercado, definindo regras que ao mesmo tempo protegem os usuários e permitem que tanto os investidores de varejo quanto institucionais acessem esse mercado”, detalha.