Após reclamações, Gladson reúne bancada do PP na Câmara de Rio Branco para acalmar os ânimos

Veja detalhes na coluna 'Pimenta no Reino', do jornalista Matheus Mello

Quando decidiu abrir mão de uma candidatura própria para apoiar o nome de Joabe Lira – indicado do prefeito Tião Bocalom -, para presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, o governador Gladson Cameli recebeu uma chuva de críticas de membros do Progressistas, partido que ele preside, por ter aberto mão do protagonismo do partido, que tem a maior bancada na Casa, com 6 parlamentares, para seguir com a vontade do prefeito.

As críticas apontavam que Gladson tomou a decisão unilateralmente, sem ouvir os vereadores e nem levar em consideração o desejo de cada um. 

Governador ao lado dos vereadores do PP/Foto: Reprodução

Mas parece que a questão foi resolvida. O governador reuniu toda a bancada do Progressistas em uma reunião para acalmar os ânimos. Apenas Felipe Tchê não compareceu. 

Elzinha Mendonça, Bruno Moraes, Aiache, Lucilene Vale e Samir Bestene – o principal prejudicado pela decisão de Gladson. Ele, o 2º mais votado das eleições, tinha a pretensão de ser presidente da Casa, mas teve a candidatura rifada. 

Nas redes sociais, Gladson disse que a reunião foi em prol da ‘união de forças pelo desenvolvimento de Rio Branco’, deixando claro que após as reclamações, a bancada do Progressistas está mais que alinhada com o Governo. 

Parceria e união 

O sentimento de união não veio só da parte de Gladson. Os vereadores presentes na reunião também comentaram sobre o assunto após o encontro.

“Nosso mandato está à disposição para, juntos, buscarmos uma Rio Branco melhor”, disse Bruno Moraes, o mais votado das eleições.

“União de forças por uma Rio Branco melhor! A luta continua”, completou Samir.

“Importante parceria em favor da nossa população. Gratidão pela recepção. Nosso mandato está à disposição para contribuir com as melhorias da cidade”, escreveu Aiache. 

Tempos de ouro 

O Progressistas vive o auge na política do Acre. Talvez um tempo de ouro que nem a Frente Popular viveu.

O partido tem a maior bancada da Câmara Municipal de Rio Branco, com 6 vereadores. Além de 3 deputados estaduais, 3 deputados federais, tem o comando do Governo do Estado e ainda conseguiu 14, das 22 prefeituras acreanas.

É muita gente, com diferentes opiniões, para poder dialogar, acolher e abrigar. E é justamente aí que mora o perigo. O partido não pode cometer os mesmos erros cometidos pelo PT no auge da hegemonia política no Acre, que causaram a derrocada do partido no estado.

Precisa começar a aparar as arestas agora. 2026 está bem aí e o partido precisa se movimentar para manter o poder político, principalmente olhando para o Palácio Rio Branco.

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