Quando decidiu abrir mão de uma candidatura própria para apoiar o nome de Joabe Lira – indicado do prefeito Tião Bocalom -, para presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, o governador Gladson Cameli recebeu uma chuva de críticas de membros do Progressistas, partido que ele preside, por ter aberto mão do protagonismo do partido, que tem a maior bancada na Casa, com 6 parlamentares, para seguir com a vontade do prefeito.
As críticas apontavam que Gladson tomou a decisão unilateralmente, sem ouvir os vereadores e nem levar em consideração o desejo de cada um.
Mas parece que a questão foi resolvida. O governador reuniu toda a bancada do Progressistas em uma reunião para acalmar os ânimos. Apenas Felipe Tchê não compareceu.
Elzinha Mendonça, Bruno Moraes, Aiache, Lucilene Vale e Samir Bestene – o principal prejudicado pela decisão de Gladson. Ele, o 2º mais votado das eleições, tinha a pretensão de ser presidente da Casa, mas teve a candidatura rifada.
Nas redes sociais, Gladson disse que a reunião foi em prol da ‘união de forças pelo desenvolvimento de Rio Branco’, deixando claro que após as reclamações, a bancada do Progressistas está mais que alinhada com o Governo.
Parceria e união
O sentimento de união não veio só da parte de Gladson. Os vereadores presentes na reunião também comentaram sobre o assunto após o encontro.
“Nosso mandato está à disposição para, juntos, buscarmos uma Rio Branco melhor”, disse Bruno Moraes, o mais votado das eleições.
“União de forças por uma Rio Branco melhor! A luta continua”, completou Samir.
“Importante parceria em favor da nossa população. Gratidão pela recepção. Nosso mandato está à disposição para contribuir com as melhorias da cidade”, escreveu Aiache.
Tempos de ouro
O Progressistas vive o auge na política do Acre. Talvez um tempo de ouro que nem a Frente Popular viveu.
O partido tem a maior bancada da Câmara Municipal de Rio Branco, com 6 vereadores. Além de 3 deputados estaduais, 3 deputados federais, tem o comando do Governo do Estado e ainda conseguiu 14, das 22 prefeituras acreanas.
É muita gente, com diferentes opiniões, para poder dialogar, acolher e abrigar. E é justamente aí que mora o perigo. O partido não pode cometer os mesmos erros cometidos pelo PT no auge da hegemonia política no Acre, que causaram a derrocada do partido no estado.
Precisa começar a aparar as arestas agora. 2026 está bem aí e o partido precisa se movimentar para manter o poder político, principalmente olhando para o Palácio Rio Branco.