Como anunciado nesta quarta-feira (9) pelo secretário de Saúde, Pedro Pascoal, o Governo do Estado decretou situação de emergência em todo o Acre devido ao aumento de casos de arboviroses, especialmente aquelas causadas por Dengue, Chikungunya, Zika, Mayaro e Oropouche.
O decreto foi publicado na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (9) e foi assinado pela governadora em exercício, Mailza Assis.
“Fica declarada situação de emergência em saúde pública no Estado do Acre, em decorrência da multiplicação de casos de síndromes febris ocasionadas por arboviroses e do aumento de atendimentos relacionados nas unidades públicas de saúde”, afirma o documento.
Com o decreto, que tem vigência de 90 dias a partir da data de publicação, o Governo está autorizado a adotar medidas administrativas urgentes e a realizar despesas que se mostrarem necessárias para a manutenção ou o restabelecimento da capacidade de resposta do poder público no enfrentamento da emergência.
“Não é para causar pânico”
Em coletiva à imprensa realizada nesta quarta-feira, Pedro Pascoal disse que a medida é importante, no sentido de oferecer suporte à capital e aos municípios do Acre nesse momento de explosão dos casos.
“O decreto é uma ferramenta de prevenção. Não há motivo para pânico na população. É uma forma também de fazer com que o Ministério da Saúde libere recursos para a execução das ações. Precisamos de uma resposta rápida, coordenada e integrada entre os municípios no combate às arboviroses. O Estado precisa dar suporte aos municípios nesse momento tão sensível”, disse o secretário Pedro Pascoal.
Até a 52ª semana epidemiológica de 2024, foram notificados 6.346 casos prováveis de Dengue, o que representa um aumento de 19,3% em comparação com o ano anterior, além de 1 óbito confirmado. Cruzeiro do Sul, Rio Branco e Epitaciolandia lideram o ranking. Apesar disso, Pascoal fez questão de garantir que as unidades de Saúde não estão enfrentando superlotação.
“Não estrangulamos nossas unidades hospitalares. Os leitos não estão com super ocupação e estamos trabalhando com vagas para acolher essas pessoas”, acrescentou o secretário.
O aumento nas infecções por Chikungunya foi ainda mais expressivo, com um crescimento de 411,9%, subindo de 59 para 302 casos prováveis no período. Já o Zika Vírus registrou 173 casos prováveis, com um aumento de 49,5% em relação a 2023.
De acordo com a Sesacre, a situação é agravada pela incidência do período chuvoso, que contribui para a proliferação dos mosquitos transmissores, colocando em risco, principalmente, os grupos mais vulneráveis da população,