Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (28), o secretário de Saúde, Renan Biths, deu detalhes sobre o projeto Aedes do Bem, que deverá ser colocado em prática em Rio Branco.
“É um projeto piloto, uma tecnologia nova que está sendo implementada em várias regiões do Brasil”, disse.
Em síntese, os mosquitos que transmitem a dengue são as fêmeas, e os mosquitos geneticamente alterados, só produzem mosquitos machos, logo, não haverá fêmeas para transmitir a doença, pois os filhos serão todos macho
De acordo com o secretário Biths, esse projeto piloto será implementado e após avaliada a sua eficácia, será ou não implementado de forma mais ampla em Rio Branco.
Trata-se do “Aedes do Bem™ que, segundo estudos, é uma solução biológica inovadora, segura e altamente eficaz no combate ao mosquito Aedes aegypti e na prevenção da dengue em áreas endêmicas, com eficácia comprovada em prefeituras como Piracicaba e Indaiatuba, apresentando redução de até 96% na população Aedes aegypti nas áreas tratadas.
Renan Biths esclareceu que todo o processo de contratação da primeira remessa do projeto piloto obedeceu os critérios legais, sendo acompanhada pela Procuradoria-Geral do Município (PGM); estando a Semsa e prefeitura à disposição para qualquer tipo de esclarecimento quanto ao processo. Em convocação realizada no mês de dezembro, em virtude da preocupação iminente de surtos de arboviroses, uma reunião de alinhamento foi realizada com a empresa distribuidora do material, no objetivo de repactuar as entregas, sendo elas feitas em lotes com o intuito de preservar o produto que possui datas de validade.
O Governo Federal também já adotou como estratégia, a “implantação de insetos estéreis em aldeias indígenas”, método similar ao adquirido pela prefeitura e questionado pelo material.
Como funciona?
A caixa do Bem contém ovos do Aedes do Bem™ ´e uma fonte de alimento para seu desenvolvimento até a fase adulta.
Ao ativá-la com água potável, os mosquitos do Bem se desenvolverão até a fase adulta. Em cerca de 10 a 14 dias, Aedes do Bem™ adultos voarão da caixa para o ambiente urbano para se acasalar com as fêmeas do Aedes aegypti.
Deste cruzamento, apenas os descendentes machos chegam à fase adulta e herdam dos pais a característica autolimitante.