O Museu dos Povos Acreanos (MPA), em Rio Branco, abriu ao público nesta quarta-feira, 12 de março de 2025, a exposição fotográfica Tupinambás: Terra, Territorialidade e Ancestralidade. Realizada com apoio do governo do Acre, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), a mostra é assinada pelo professor doutor Francisco Pereira Costa, da Universidade Federal do Acre (UFAC), e retrata a luta e a resiliência do povo indígena Tupinambá de Olivença, localizado em Ilhéus, no sul da Bahia.
A exposição, que ficará em cartaz até o final de abril, busca dar visibilidade à ancestralidade e à conexão territorial desse povo, que enfrenta há séculos desafios para a demarcação de suas terras.

Exposição fotográfica no Museu dos Povos Acreanos destaca resistência dos Tupinambás/Foto: Willian Cardoso
As fotografias, capturadas durante uma vivência de 15 dias de Francisco Pereira com os Tupinambás em 2023, são resultado de um projeto realizado em parceria com a antropóloga indígena Pietra Dolamita.
Sob curadoria de Déba Tacana e produção cultural de Willian Cardoso, a mostra dialoga com a luta secular dos Tupinambás por pertencimento e reconhecimento de seu território no litoral brasileiro. Durante a abertura, a indígena Celi Magalhães, da nação Olivença, destacou a importância de iniciativas como essa para combater o apagamento cultural e reforçar a existência de seu povo.
“Sou Tupinambá e estou muito feliz com essa exposição no Acre, que mostra a riqueza da nossa resistência”, afirmou.
A exposição no MPA, que já recebeu 15 mil visitantes desde sua inauguração em agosto de 2023, reforça o papel do museu como um espaço de memória e educação. Francisco Pereira enfatizou a necessidade de potencializar a visibilidade dos povos originários, conectando a Amazônia ao Nordeste por meio de um diálogo atemporal sobre identidade e resistência.
Aberta ao público de terça a domingo, das 9h às 18h, a mostra é uma oportunidade para o público acreano conhecer e refletir sobre a história e a luta dos Tupinambás, um povo que segue firme na busca pela demarcação de suas terras e pela preservação de sua cultura.