Centro de Brasília é tomado por milhares de indígenas de todo o país no Acampamento Terra Livre 

Ainda são esperados entre seis a oito mil indígenas de 135 etnias do Brasil para reivindicar direitos e sensibilizar a sociedade, dizem suas lideranças

O centro de Brasília, a capital do país, está tomado por milhares de indígenas de diferentes etnias, que tomaram a área onde está a Praça dos Três Poderes, usando seus adereços tradicionais e as pinturas corporais típicas dos povos indígenas. Eles participam da 21ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), um movimento anual e que acontece sempre no mês de abril, entoando cânticos e palavras de ordem para cobrar das autoridades públicas o cumprimento de seus direitos.

É a maior mobilização indígena do país, o Acampamento Terra Livre, que começou segunda-feira (7), termina na sexta-feira (11). A Apib espera reunir de 6 mil a 8 mil indígenas de pelo menos 135 etnias de todo o país, além de apoiadores da causa e indigenistas. “Sob o lema Apib Somos Todos Nós: Nosso Futuro Não Está à Venda”, o evento tem extensa programação de debates, atos e atividades culturais.

O grupo foi mobilizado pela Articulação dos Povos Indígenas (Apib) para representar a Região Sudeste – de onde muitos outros indígenas vieram espontaneamente. “Exigimos que cumpram nossos direitos. E que reconheçam tudo o que roubaram de nossos povos, o extermínio indígena”, bradam as lideranças do movimento.

As faixas e cartazes expostos sob o sol forte do Planalto Central ilustravam as principais reivindicações do movimento indígena: Demarcação das Terras Indígenas Já!; Terras Indígenas Demarcadas é Futuro Garantido; Respeitem a Constituição Federal; Nosso Futuro Não Está à Venda e Pelo Fortalecimento da Educação e da Saúde Indígena.

Parte da programação da 21ª edição do Acampamento Terra Livre, organizado anualmente pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), uma marcha realizada no centro de Brasília ganhou apoio de organizações sociais, como a seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), cujos 23 representantes caminharam ao lado dos indígenas.

“Estamos aqui para garantir que os respeitos constitucionais dos indígenas sejam respeitados. E estamos monitorando o acampamento e a marcha para o caso de alguma agressão ou conflito”, explicou a advogada Erica Ferrer, da Comissão dos Povos Indígenas da OAB-DF.

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