Artigo: Tião Bocalom e a fé no campo que transforma o Acre; por José Américo

Ele entende que não existe desenvolvimento real sem estradas, sem ramais trafegáveis, sem assistência para o agricultor

Com o início das tradicionais feiras agropecuárias no Acre, como a ExpoAcre e a ExpoJuruá, é hora de ir além da celebração. É momento de reflexão: onde estamos e para onde vamos quando falamos de desenvolvimento regional na Amazônia? A resposta — ou pelo menos parte importante dela — está no campo. E nesse cenário, poucas figuras políticas mantiveram uma trajetória tão coerente, determinada e produtiva quanto Tião Bocalom.

Há mais de 30 anos no Acre, Bocalom construiu uma carreira pública ancorada em uma bandeira que nunca arriou: o campo como motor da economia e da inclusão social. Enquanto muitos alternaram discursos, ele permaneceu firme na defesa do agronegócio e da agricultura familiar como pilares indissociáveis do desenvolvimento sustentável.

Bocalom construiu uma carreira pública ancorada em uma bandeira que nunca arriou: o campo como motor da economia/ Foto: Reprodução

Desde seus primeiros mandatos, Bocalom deu nome a essa postura. “Produzir para empregar” não era apenas um slogan de campanha — era uma convicção. Em vários momentos, esse lema foi alvo de ironias por parte de adversários políticos, tratado até com desdém. Mas o tempo passou e os resultados apareceram. O que antes era visto como teimosia, hoje se mostra como uma diretriz clara, eficaz e visionária. Produzir para empregar virou mantra e se converteu em política pública sólida, geradora de resultados reais.

Foi prefeito de Acrelândia por três mandatos — cidade que hoje ostenta com justiça o título de capital do agronegócio acreano — e está em seu segundo mandato como prefeito da capital, Rio Branco. Em todas essas funções, priorizou o que outros ignoraram: infraestrutura rural, mecanização, assistência técnica, sementes, equipamentos e acesso a mercados para pequenos e médios produtores.

Mas Bocalom não está sozinho. Ele encontrou, no governo Gladson Cameli, um parceiro de visão e ação. Cameli, reeleito governador, tem sido peça fundamental no fortalecimento do agro e da agricultura familiar em nível estadual. Essa sintonia de propósitos entre prefeitura e governo tem sido essencial para que as políticas públicas saiam do papel. E aqui vale um destaque: quando há alinhamento e compromisso, os resultados aparecem com mais velocidade e profundidade.

O reflexo dessa estratégia de longo prazo pode ser medido nas diversas exposições espalhadas pelo estado e, principalmente, nos corredores lotados da ExpoAcre, que completa 50 anos em 2025, e na crescente ExpoJuruá já com seus 30 anos, que amplia a interiorização da economia. Ambas são vitrines de um setor que gera emprego, movimenta a economia e mantém vivas as raízes produtivas do Acre.

Tião Bocalom não atua por modismo ou marketing. Sua defesa do agro é prática e política. Ele entende que não existe desenvolvimento real sem estradas, sem ramais trafegáveis, sem assistência técnica para o agricultor, sem sementes de qualidade, sem máquinas no campo. E mais: compreende que a agricultura familiar não é o “primo pobre” do agronegócio, mas uma força complementar e indispensável para a segurança alimentar, para o desenvolvimento social e para a manutenção de gente no campo com dignidade.

O legado de Bocalom está aí: nos hectares plantados, nas feiras realizadas, nos empregos gerados, nas políticas estruturantes implementadas. E o mais importante: num Estado que, historicamente, teve sua economia concentrada em poucos setores, ele aposta no agro como alternativa viável, sustentável e capaz de preservar a floresta com inteligência e equilíbrio.

Por isso, quando celebramos os 30 anos da ExpoJuruá e 50 anos da ExpoAcre, é justo reconhecer: Tião Bocalom é mais que um participante dessa história. É um símbolo de um Acre que acredita na força do trabalho, da produção e da esperança plantada com os pés no chão.

Por José Américo Moreira da Silva, jornalista e consultor de comunicação

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