O mercado mundial de cocaína bateu recordes em 2023, tornando-se o setor de drogas ilícitas que mais cresce no mundo, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (26) pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). A alta foi impulsionada principalmente pelo avanço dos cultivos ilegais na Colômbia e pelo aumento do consumo.
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De acordo com o levantamento, que a Colômbia produziu, sozinha, 2.600 toneladas de cocaína em 2023 — um crescimento de 53% em relação a 2022, mas em contrapartida, as plantações na Bolívia se mantiveram estáveis e o Peru registrou uma leve redução nas áreas dedicadas à produção da folha de coca.
De acordo com o levantamento, que a Colômbia produziu, sozinha, 2.600 toneladas de cocaína / Foto: Reprodução
Além da produção, o número de usuários de cocaína também aumentou, chegando a 25 milhões de pessoas. Segundo o UNODC, o consumo está em alta principalmente em países mais ricos. “A cocaína virou moda em sociedades mais abastadas”, afirmou Angela Me, diretora de pesquisa da agência, que destaca um “ciclo vicioso” entre o aumento do consumo e a intensificação da produção.
As apreensões de cocaína também bateram recorde, com 2.275 toneladas interceptadas em todo o mundo só em 2023 — um aumento de 68% em relação à média dos quatro anos anteriores.
As apreensões de cocaína também bateram recorde, com 2.275 toneladas interceptadas em todo o mundo / Foto: Reprodução
O relatório também destaca a expansão contínua do mercado de drogas sintéticas, principalmente aquelas de baixo custo e de difícil rastreamento. Os estimulantes do tipo anfetamina lideram as apreensões desse segmento, seguidos por opioides sintéticos, como o fentanil.
Segundo o UNODC, 6% da população mundial entre 15 e 64 anos usou alguma droga, o aumento reflete tanto a maior disponibilidade dessas substâncias quanto mudanças nos hábitos de consumo em diferentes partes do mundo.
