Às vésperas de alcançar a Faixa de Gaza, o clima entre os tripulantes do veleiro Madleen é de apreensão. A embarcação, que integra a coalizão internacional Flotilha da Liberdade, segue rumo ao território palestino com o objetivo de denunciar o bloqueio imposto por Israel e chamar atenção para a crise humanitária na região.
O ativista reforçou que a missão da flotilha é chamar atenção para o que acontece em Gaza/ Foto: Reprodução
Entre os integrantes está o ativista brasiliense Thiago Ávila, de 38 anos. Em entrevista ao Correio Braziliense, ele revelou que a tensão aumenta conforme o grupo se aproxima da costa. “Estamos em um momento bem crítico. Sinceramente, agora só um milagre salva a gente de uma interceptação”, disse, ao comentar sobre a ameaça feita pelo ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, de barrar o avanço da flotilha.
Com a chegada prevista para a manhã desta segunda-feira (9), caso não haja intervenção das Forças de Defesa de Israel (IDF), os ativistas a bordo intensificam os protocolos de segurança e tentam mobilizar a comunidade internacional para evitar uma possível operação militar. “Nosso foco é preservar a vida, a integridade física e a liberdade de todos aqui. Estamos prontos para o protocolo de emergência, mas seguimos firmes em nosso propósito”, declarou Thiago.
O ativista reforçou que a missão da flotilha é chamar atenção para o que acontece em Gaza. “Estamos aqui para colocar o holofote sobre a Palestina, onde há um genocídio em curso e acontecimentos terríveis que não podem ser ignorados”, afirmou.
A coalizão Flotilha da Liberdade reúne embarcações e ativistas de várias partes do mundo em ações pacíficas que buscam romper o bloqueio marítimo imposto por Israel desde 2007.
