Depois que a mãe do governador Gladson Cameli, Linda Cameli, afirmou em um comentário nas redes sociais que os políticos “dão muito moral para índio”, na situação em que os nativos decidiram protestar contra a falta de transparência no projeto que prevê a construção de uma estrada entre as cidades de Cruzeiro do Sul e Pucallpa, no Peru, o chefe do executivo resolveu se manifestar.
À reportagem do ContilNet, Gladson disse que sua mãe se equivocou no que disse e que a intenção dela era dizer que “todos devem ser tratados iguais”.
“Não pensamos assim. Minha mãe se equivocou no que disse e errou. A intenção era dizer que todos merecem ser tratados iguais”, salientou.
Cameli garantiu que sua gestão tem um compromisso com os povos indígenas e com a cultura que faz parte da história do Acre.
“Eu sempre apoiei os povos indígenas, fui às aldeias e já manifestei a eles a minha luta em favor dessa cultura que é parte da nossa história. Estamos atentos às necessidades dos povos indígenas e não acreditamos que qualquer grupo seja inferior ou superior a outro”, continuou o chefe do executivo.
Demarcação de terras
Eles protestam contra a aprovação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, em Brasília, do Projeto de Lei 490, de 2017, que prevê, entre outras medidas, a criação de um marco temporal para delimitar o que são terras tradicionalmente ocupadas pelos indígenas. Caso o PL seja aprovado, a competência para determinar a demarcação das terras indígenas passará a ser do Congresso.