lava jato
O governador do Acre, Tião Viana (PT), negou, através de ofício apresentando ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que sua campanha tenha sido financiada com dinheiro desviado da estatal Petrobras e pediu o arquivamento do inquérito contra ele aberto pela Polícia Federal em decorrência da Operação Lava Jato.
Os documentos foram enviados ao tribunal no fim de março em resposta ao pedido do relator do inquérito no STJ, ministro Luís Felipe Salomão, para que Tião Viana se manifestasse por escrito sobre o pedido de investigação feito pela Procuradoria Geral da República (PGR).
Os procuradores se basearam nas delações premiadas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef para solicitar a abertura de inquérito contra o chege do Executivo do Acre.
O governador Tião Viana diz que “jamais solicitou ou recebeu vantagem econômica indevida a qualquer pessoa”. Paulo Roberto Costa afirmou em delação premiada que Tião Viana pediu R$ 300 mil para sua campanha em 2010, e Youssef teria anotado o valor pago em uma agenda.
O governante do Acre destacou que recebeu R$ 300 mil da Iesa Óleo e Gás em 2010, mas que, “somente agora, em virtude do noticiário de imprensa, o manifestante soube que o nome dela foi mencionado […] na denominada Operação Lava Jato”. Viana afirma que a doação foi legal e devidamente registrada.
“O manifestante, em campanha eleitoral, não tinha tempo para identificar as pessoas doadoras, sejam físicas ou jurídicas.” […] Se é produto de propina ou vantagem indevida, o manifestante ignora, mas sempre repudiou condutas dessa espécie, porque, no mínimo, contrárias à ética e à moral, se não contrárias ao Código Penal”, diz trecho do ofício enviado por Tião Viana.
O petista pede ainda a “máxima celeridade” na investigação para que cesse seu “sofrimento moral”. O governador ressalta que tem certeza de que a investigação será arquivada.
Com informações do G1