O levantamento, produzido entre 14 e 22 de dezembro do ano passado e entre 6 e 16 de janeiro deste ano, abrangeu 51 cidades das quais 23 são capitais. Foram feitas 4.560 entrevistas com proprietários de estabelecimentos ou responsáveis por informações sobre preços. Os pesquisadores foram a restaurantes, bares, lanchonetes e padarias.
Mais da metade dos consultados (56%) acredita que os clientes estão cada vez mais interessados no consumo de uma alimentação saudável. Do total entrevistado, 53% notaram aumento na procura por frutas; 61% observaram que os clientes estão comendo mais verduras e legumes e 65% observaram que cresceu o consumo de sucos naturais. Já a preferência pela combinação do arroz com feijão não houve alteração, segundo 58% dos consultados.
Preço da comida
Na apuração, foram coletadas informações sobre preços de 5.436 pratos. Segundo o estudo, o trabalhador que almoça fora de casa pagou em média, no começo do ano, R$ 30,48 por refeição. O valor é superior à média registrada em 2015 (R$ 27,36%) e corresponde a 76,2% da renda de um trabalhador que recebe salário mínimo.
Em duas das cinco regiões pesquisadas, foi constatado um custo por refeição acima da média, caso do sul do país (R$ 31,74) e do sudeste (R$ 30,93). A região com o menor valor é a centro-oeste, onde o trabalhador paga, em média, R$ 26,73. No norte do país, a refeição custa, em média, R$ 28,48 e, no nordeste, R$ 29,18.
No sudeste, entre as cidades do estado de São Paulo com a refeição mais cara figura Santos, no litoral, com R$ 34,83. O segundo maior valor foi constatado em Campinas (R$33,01). No Rio de Janeiro, aparece Niterói na frente (R$ 37,52) e, em Minas Gerais, Belo Horizonte (R$ 24,52).
Preço de Brasília
No centro-oeste, o maior desembolso ocorre em Brasília (R$ 28,10); no sul, em Blumenau (R$ 38,29); no nordeste, São Luis (R$ 35,57) e no Norte, em Palmas (R$ 28,79).
O estudo marca a comemoração dos 40 anos do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), do Ministério do Trabalho e Previdência Social, que contempla cerca de 20 milhões de pessoas. Com base em dados do ministério, a Assert informou que, no ano passado, 19,5 milhões de trabalhadores foram beneficiados pelo programa de alimentação subsidiada. Desses, 16,2 milhões ou 83,2% têm renda mensal de até cinco salários mínimos.
O total de empresas engajadas no programa é de 223,4 mil. Já as empresas fornecedoras de alimentação somam 13,8 mil; as prestadoras de serviços em alimentação coletiva são 249 e o número de profissionais habilitados em nutrição vinculados ao programa é de 22,2 mil.