O prefeito de Cruzeiro do Sul, Wagner Sales (PMDB) terá a oportunidade de evitar uma greve geral, por tempo indeterminado, dos 1.365 professores e funcionários de apoio lotados no município. Um primeiro encontro terminou sem acordo, dias atrás, quando o prefeito disse “não” à proposta de reajuste de 20% lineares sobre o salário base de todas as categorias. O presidente do Núcleo do Sinteac na cidade, Valdenízio Martins, afirmou que “a greve é um instrumento do qual a categoria não descarta de forma alguma”.
Tudo dependerá de como a equipe econômica do prefeito se apresentará na negociação marcada para a tarde desta quarta-feira. Sales tem usado o argumento de que a prefeitura não estaria obrigada a atender a pauta dos trabalhadores já que o governador Tião Viana não deu qualquer aumento para zos trabalhadores do estado em 2016.
A professora Rosana Nascimento, presidente do Sinteac Central, está no Juruá acompanhando as negociações. Para ela, as justificativas apresentadas pelo prefeito são absurdas e desnecessárias. O senhor prefeito não é obrigado a fazer tudo que o governador faz. Nós, representantes dos trabalhadores, não aceitaremos que intrigas e picuinhas político-partidárias prevaleçam na mesa de negociações. O trabalhador, que tem salários irrisórios, não tem culpa da crise. Repito: o responsável pela gestão orçamentária é o prefeito”, afirmou a sindicalista.
Os dirigentes do Sinteac criticaram a política salarial da Prefeitura de Cruzeiro do Sul para os trabalhadores da Educação. “Em todas as categorias, o salário-base está abaixo do que preconiza a Lei de Diretrizes e Bases (LDB)”, explicou Valdenízio. A relação com o município sempre foi muito difícil”, concluiu ele. (Assessoria)