O homem que já teve 17 passagens na polícia – e agora está preso – por crimes sexuais foi denunciado em uma publicação no Facebook em dezembro de 2016. Uma mulher fez um relato de que ele estava se masturbando no ônibus e tirou fotos dele.
Diego Ferreira de Novais, de 27 anos, foi detido duas vezes na semana passada por abusar de mulheres em ônibus na região da Avenida Paulista. Após a segunda prisão, a Justiça decidiu em audiência de custódia neste domingo (3) mantê-lo preso.
Na publicação de dezembro de 2016, a jovem contou que estava no ônibus quando percebeu que um homem estava com a mão direita na calça, “e a outra segurava a mochila de uma forma que escondesse de quem passasse pelo corredor”.
Ela escreveu que demorou para aceitar que aquilo estava acontecendo. “A gente lê e lê casos na internet, mas quando você está passando por essa situação sempre fica aquela dúvida”.
“Sério, que bosta, nojo, levantei a voz, expus mesmo, fiz escândalo”. Segundo ela, ninguém se manifestou e Diego “levantou na hora para fugir do ônibus”.
‘Gratificada porque ele está preso’, diz última vítima
A última vítima de Diego comemorou neste domingo a decisão da Justiça em mantê-lo preso até seu julgamento. O ajudante geral responderá pelo crime de estupro contra a empregada de 39 anos, cometido no sábado (2). Ele esfregou o pênis no corpo dela quando ela estava dentro de um ônibus no Centro da capital paulista.
“Eu me sinto gratificada porque ele está preso. E querendo ou não eu ajudei a manter ele agora preso, e que nenhuma mulher mais corre o risco no momento de ser atacada por esse louco, doente”, disse a empregada, que aceitou falar com o G1 sob a condição de que seu nome e foto não fossem divulgados.
Na última terça-feira (29), também em um ônibus na Paulista, Diego chegou a ejacular sobre uma outra mulher. Na quarta-feira (30), no entanto, o juiz José Eugenio do Amaral Souza Neto entendeu não ter havido constrangimento ou violência contra a vítima e decidiu deixá-lo em liberdade. Neste domingo, após novo abuso no sábado, o juiz Rodrigo Marzola Colombini entendeu que ele cometeu mesmo o estupro e manteve a prisão.