Desfalque
A ampla aliança política arquitetada pelo governador Gladson Cameli (Progressistas) durante o período pré-eleitoral do ano passado acabou por sofrer uma baixa de peso: o prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim, do MDB, alardeou aos quatro ventos, nesta quinta-feira (10), que não faz parte mais do time de apoiadores de Cameli.
Do lado de lá
De quebra, Mazinho promete conduzir a esposa, a deputada estadual eleita Meire Serafim (MDB), pelo mesmo caminho da oposição. Conforme afiançou, Meire estará perfilada com os adversários de Gladson na Assembleia Legislativa do Acre.
Fatia do bolo
A decisão do prefeito de Sena em romper com o aliado do Progressistas está relacionada a uma queda de braço que ele travava com o deputado estadual Gehlen Diniz, do mesmo partido de Cameli, pelos cargos da Educação estadual no município. Vencido na disputa, o emedebista tratou de anunciar a dissensão.
Desprestígio
A confirmação de Silvano Farias Figueiredo para a chefia do Núcleo da Secretaria de Educação do estado em Sena Madureira foi a gota d’água que fez a água do bule transbordar. Ligado a Gehlen Diniz, a nomeação foi recebida pelo prefeito como uma afronta grave.
Vai além
Mazinho também acusa o governador Gladson Cameli de tentar, já há algum tempo, ‘sepultar o MDB’, e também de tentar boicotar sua gestão. “Não quero mais conversa com ele. Se ele vier aqui me procurar, vai passar vergonha”, garantiu.
Risco n’água
Dando a entender que Gladson lhe teria afiançado a indicação dos cargos do Núcleo da Secretaria de Educação no município, o emedebista agora se diz ludibriado. “A palavra dele é um risco n’água”, esbravejou contra Cameli.
Perdas e danos
Para Mazinho Serafim, Gladson precisa entender que em Sena Madureira há dois deputados da base aliada. E agourou: “Se continuar assim, ele ainda vai perder deputados federais, outros prefeitos e aliados que sempre o apoiaram”.
Contragolpes
Em relação às virulentas declarações do prefeito de Sena, a coluna foi informada que Gladson se inclina a comprar a briga. Nesta sexta-feira (11), além da possibilidade de emitir nota com sua versão sobre o imbróglio, o governador deverá se reunir com seus secretários a fim de lhes passar a determinação de que nenhum indicado do novo desafeto seja contemplado na distribuição de cargos no governo.
Destoante
Essa versão apresentada à coluna destoa do pronunciamento oficial, feito pelo porta-voz do governo, jornalista Rogério Wenceslau, tão logo o assunto ganhou o noticiário. “O governador vai buscar resolver o conflito com diálogo, como tem sido em todas as disputas”, afirmou Wenceslau após realçar a importância política de Mazinho para o grupo que alçou Cameli ao governo do estado.
Leões e gatinhos
Resta lembrarmos que antes mesmo de Gladson assumir o governo, o senador Sérgio Petecão (PSD) vociferou pela imprensa que romperia com ele caso não fosse atendido em sua aspiração de comandar o setor da produção estatal. Mas os rugidos acabaram virando miados.
Dança das cadeiras
O ex-deputado Moisés Diniz (PCdoB) será oficializado, nesta sexta-feira (11), como novo secretário de Educação do município de Rio Branco, em substituição ao ex-vereador Marcio Batista, também do PCdoB.
Finesse
Segundo afirmou à coluna Moisés Diniz, a iniciativa partiu da prefeita Socorro Neri (PSB), que teve a “extrema elegância” de consultar a cúpula do PCdoB sobre a mudança. Tendo a proposta recebido o consentimento dos camaradas, Moisés começa a gerir a Seme a partir da semana que vem. Quanto a Batista, ele vai cuidar da coordenação dos mandatos do PCdoB.
Olhar inovador
Perguntado sobre o que pretende fazer à frente da Seme, Moisés asseverou à coluna que sua meta principal será “valorizar a escola como grande centro de produção de saber, canal permanente de diálogo com a sociedade e importante célula de liderança dos diretores”.
Timoneiros
“A escola é fundamental à discussão, com a sociedade, de temas como violência, cidadania e preservação ambiental, entre muitos outros. E os grandes timoneiros desse processo são os diretores, aos quais a Seme precisa oferecer as condições necessárias para que eles exerçam sua liderança no segmento educacional”, afirmou Moisés Diniz.
Superávit
A associação Comercial do Acre (Acisa) informou nesta quinta que a arrecadação oriunda do ICMS em 2018 no Acre atingiu a cifra de 1,4 bilhão de reais – R$ 251 milhões a mais do que o montante recolhido em 2017.
Apelo
O presidente da Acisa, Celestino Oliveira, apela aos nossos governantes para que reduzam o percentual do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, que no Acre, sob o governo de Jorge Viana, foi elevado a 25%, contra a média de 17% praticada nos demais estados do país.
Antes tarde…
Segundo Celestino, com o ICMS nas alturas, a geração de empregos e o desenvolvimento econômico do estado se veem prejudicados. Concordo plenamente, mas com a ressalva de que a Acisa poderia ter esperneado antes, contra aqueles que nos impuseram o combustível, gás de cozinha e serviços de telefonia e internet no topo do ranking dos mais salgados do Brasil.