Um homem foi encontrado morto na praia da Pajuçara, em Maceió, na madrugada desta terça-feira (29). De acordo com a polícia, a vítima tinha problemas mentais, e foi baleada após se envolver em uma briga com um policial militar do estado do Acre, que está passando férias na capital alagoana.
A vítima, Luiz Walter de Freitas Souza, 46, era motorista do grupo de escolta da Superintendência de Medidas Socioeducativas (Sumese), órgão da Secretaria de Estado da Prevenção à Violência (Seprev).
De acordo com o Centro Integrado de Operações da Segurança Pública (Ciosp), uma viatura do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foi acionada por volta das 2h, para abordar um homem que estaria armado em uma residência na Pajuçara.
Este homem era Souza, mas ele não foi encontrado no local. A mãe dele disse aos policiais que o filho tinha transtornos mentais e tomava medicamentos controlados e que, momentos antes, havia tomado bebida alcoólica e disparou várias vezes dentro da residência, fugindo em seguida.
O corpo de Souza foi encontrado por banhistas na praia, próximo à Feirinha, com um ferimento na cabeça. A princípio, acreditava-se que ele estava desmaiado, mas um médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou o óbito.
No local estiveram o Instituto Médico Legal (IML), para recolher o corpo, o Instituto de Criminalística (IC) e uma equipe da Delegacia de Homicídios, para realizar os levantamentos sobre o caso.
Novas buscas foram realizadas para localizar o suspeito de ter atirado em Souza. Ele foi encontrado em frente a uma pousada, naquele mesmo bairro, com a arma de Souza, uma pistola calibre 765, sem munições.
De acordo com o Ciosp, esse homem, que é PM do estado do Acre e estava em Maceió a passeio, foi levado para a sede da Delegacia de Homicídios, no bairro do Bebedouro.
Lá, ele foi ouvido pela delegada Paula Fracinete, que entendeu que o crime se deu em legítima defesa, após uma luta corporal com Souza. Após prestar depoimento, o PM foi liberado. A polícia não informou se os dois se conheciam e o que motivou a briga.
A assessoria de comunicação da Seprev informou que Souza já havia exercido as funções de agente socioeducativo e coordenador de unidade, e atualmente era motorista do grupo de escolta da Sumese.
Há seis anos, ele havia apresentado problemas psiquiátricos e chegou a ser internado no Hospital Portugal Ramalho. Nessa época, ele ainda não era prestador de serviço da Seprev. Apesar de tomar medicamento controlado, a assessoria afirma que Souza não apresentava nenhum sinal ou impedimento psiquiátrico que atrapalhasse sua função dentro da superintendência.
A Seprev lamenta o ocorrido e diz que está dando assistência à família. A Secretaria informa ainda que o comportamento dele, bem como o incidente que ocasionou a morte, não tem nenhuma relação com seu trabalho na Sumese.