Cães detectam câncer de pulmão em humanos por meio do olfato, mostra estudo

Cientistas demostraram que três cachorros da raça beagle foram capazes de identificar câncer de pulmão em humanos por meio do olfato. Os pesquisadores dizem que as habilidades dos cães podem levar ao desenvolvimento de meios mais eficazes, seguros e baratos para o rastreamento em massa da doença.

Após oito semanas de treinamento, os beagles – escolhidos por causa de seus genes superiores de receptores olfativos – distinguiram amostras de soro sanguíneo coletadas de pacientes com câncer de pulmão maligno e de pessoas saudáveis ​​com 97% de precisão. O estudo será publicado na edição de julho do periódico científico Journal of American Osteopathic Association.

PESQUISA MOSTROU QUE TRÊS CÃES BEAGLES IDENTIFICARAM CÂNCER DE PULMÃO PELO OLFATO (FOTO: FLICKR/PEDRO LOZANO/CREATIVE COMMONS)

Quinn e sua equipe estão concluindo uma segunda parte do estudo. Desta vez, os cães trabalham para identificar câncer de pulmão, de mama e de colorretal usando amostras de respiração que foram coletadas por máscaras faciais.

O próximo passo será fracionar as amostras com base nas propriedades químicas e físicas. Depois, elas serão apresentadas novamente para os beagles, que deverão tentar identificar biomarcadores específicos. O objetivo é desenvolver um produto de triagem sem receita, similar a um teste de gravidez, em termos de custo, simplicidade e disponibilidade, para detectar tipos de câncer.

O cientista Quinn, por exemplo, imagina um dispositivo em que alguém possa respirar e ver uma mudança de cor para indicar ou não a enfermidade. Ele acredita que sua pesquisa pode levar a melhores soluções de rastreamento e diagnóstico, potencialmente criando uma mudança na identificação do câncer. “Agora parece que os cães têm uma melhor capacidade natural de rastrear o câncer do que nossa tecnologia mais avançada”, ele afirmou. “Uma vez que descobrimos o que eles sabem e como, podemos ser capazes de recuperar o atraso.”

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“Estamos usando os cães para classificar as camadas de perfume até identificarmos os biomarcadores”, disse Thomas Quinn, professor do Colégio de Medicina Osteopática do Lago Erie, nos Estados Unidos, e principal autor deste estudo. “Ainda há muito trabalho pela frente, mas estamos fazendo um bom progresso.”

Em uma sala, os cachorros cheiraram amostras de soro sanguíneo. Algumas eram de pacientes com câncer de pulmão e outras de pessoas saudáveis. Depois de cheirar cuidadosamente cada uma, os beagles sentavam para indicar se haviam descoberto câncer. Se a doença não era detectada, eles seguiam caminhando.

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